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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 3 em 2025

“CARACTERIZAÇÃO PETROLÓGICA E ISOTÓPICA DO COMPLEXO CACHOEIRA GRANDE E SUITE PAU FERRINHO, DOMÍNIO PERNAMBUCO-ALAGOAS, PROVÍNCIA BORBOREMA”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 3 em 2025

 

Aluno(a): Caio Cezar Garnier Brainer

 

Orientador(a): Dr. Adejardo Francisco da Silva Filho

 

Coorientador(a): Dr. Elton Luiz Dantas (UnB)

 

Título da pré-tese: “CARACTERIZAÇÃO PETROLÓGICA E ISOTÓPICA DO COMPLEXO CACHOEIRA GRANDE E SUITE PAU FERRINHO, DOMÍNIO PERNAMBUCO-ALAGOAS, PROVÍNCIA BORBOREMA”

 

Data: 23/05/2025

 

Horário: 9h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/ddn-bijf-uez

 

 

Banca Examinadora:

 

Presidente:

 

Dr. Adejardo Francisco da Silva Filho (Orientador)

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Dr. Herbet Conceição (UFS)

2.º Examinador(a): Dr. Elson Paiva de Oliveira (UNICAMP)

3.º Examinador(a): Dr.ª Cícera Neysi de Almeida (UFRJ)

4.º Examinador(a): Dr.ª Valderez Pinto Ferreira (PPGEOC/CTG/UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Dr. Gorki Mariano (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr.ª Maria de Fátima Lyra de Brito (CPRM)

 

Resumo:

 

A petrogênese das rochas (meta)máficas e os ortognaisses pode revelar informações valiosas sobre a dinâmica da crosta continental, a formação de cinturões orogênicos e a reciclagem de materiais no ciclo geológico. Neste contexto, destaca-se a interação entre as unidades do Complexo Cachoeira Grande e da Suíte Pau Ferrinho, situadas ao longo do limite entre os subdomínios Garanhuns e Água Branca. O Complexo Cachoeira Grande é formado por ortognaisses de composição tonalítica a granodiorítica, com assinatura geoquímica cálcio-alcalina e magnesiana. Seus padrões de elementos terras raras (ETR) são fracionados, apresentando anomalias negativas de Nb, P e Ti, além de leves anomalias negativas (ou levemente positivas) de Eu. Tais características indicam uma origem associada à fusão parcial de anfibolitos ricos em potássio, em condições de pressão entre 4 e 6kbar e temperaturas de 800 a 950°C. A idade de cristalização U-Pb de 959±4, os aspectos geológicos regionais, geoquímicos e condições de temperatura e pressão, sugerem que o provável ambiente de formação do Complexo Cachoeira Grande foi extensional no qual a fonte de calor necessária para induzir a fusão parcial de anfibolitos da crosta inferior teria ocorrido por descompressão e ascensão do manto litosférico. A Suíte Pau Ferrinho, por sua vez, é composta por diques máficos gabróicos que se alojam no Complexo Cachoeira Grande. Suas características geoquímicas se assemelham às de basaltos toleíticos, embora apresentem padrões distintos de ETR. Algumas amostras indicam fracionamento e possível contaminação crustal ou contribuição de um manto metassomatizado, enquanto outras exibem padrões retilíneos, compatíveis com magmas pouco modificados. A cristalização dessas rochas se iniciou a aproximadamente 1220°C e 6kbar. A idade de cristalização U-Pb de 600±3Ma obtida para a Suíte Pau Ferrinho aponta que o alojamento teria ocorrido nos momentos finais da fase compressional da orogênese Brasiliana. As novas evidências reunidas nesta tese ampliam significativamente o conhecimento sobre os eventos magmáticos no Domínio Pernambuco-Alagoas, ressaltando a importância da integração de dados geoquímicos, geocronológicos e petrogenéticos na reconstrução dos processos tectonomagmáticos que atuaram durante o Neoproterozoico.

 

Palavras-chave: Petrogênese; Magmatismo neoproterozoico; Dinâmica crustal; Cariris Velhos; Orogênese Brasiliana