UFPE e o futuro, agora

A magnitude e a velocidade do progresso técnico ocorrido nas últimas décadas, particularmente a partir da revolução da microeletrônica e da Internet, têm afetado intensamente o modo como nos relacionamos, como interferimos no planeta, e como produzimos conhecimento e tecnologias, acelerando o tempo de realização de valor e a vida útil dos produtos, de um lado, e a rápida obsolescência de um grande número de ocupações, de outro lado, substituídas por algoritmos e pela robotização, tema bastante discutido nos mais diversos fóruns internacionais nos últimos anos. Por consequência, tal aceleração tem levantado questões sobre o padrão de formação profissional compartimentado e estanque que ainda tem caracterizado o ensino superior no mundo, baseado na simples acumulação de conhecimento. Sendo o conhecimento também sujeito a rápida obsolescência, bases curriculares e métodos de ensino-aprendizagem adequados aos novos desafios vêm se tornando cada vez mais relevantes. A formação profissional não deve se resumir ao acúmulo de conhecimentos específicos e datados, nem a períodos específicos da vida dos indivíduos. Ao contrário, a Universidade contemporânea deve estimular os jovens a enxergar a realidade concreta em que estão inseridos, a partir de sólidos fundamentos científicos e visão humanística, e pesquisar soluções para os problemas observados.