Asset Publisher Asset Publisher

Back

Defesa de Tese de Doutorado n.º 4 em 2025

“OSTRACODES NÃO MARINHOS DO JURÁSSICO SUPERIOR-CRETÁCEO INFERIOR DAS BACIAS JATOBÁ, TUCANO E ARARIPE, NE DO BRASIL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 4 em 2025

 

Aluno(a): Débora Soares de Almeida Lima

 

Orientador(a): Dr.ª Enelise Katia Piovesan

 

Coorientador(a): Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (UFPE)

 

Título: “OSTRACODES NÃO MARINHOS DO JURÁSSICO SUPERIOR-CRETÁCEO INFERIOR DAS BACIAS JATOBÁ, TUCANO E ARARIPE, NE DO BRASIL”

 

Data: 28/07/2025

 

Horário: 9h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/wrm-ksjd-nmr

 

Banca Examinadora:

 

Presidente:

 

Dr.ª Enelise Katia Piovesan (Orientadora)

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Dr. Cristianini Trescastro Bergue (UFRGS)

2.º Examinador(a): Dr. Édison Vicente Oliveira (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Dr. Gerson Fauth (UNISINOS)

4.º Examinador(a): Dr. Lucas Silveira Antonietto (URCA)

5.º Examinador(a): Dr. Marcos Antonio Batista dos Santos Filho (UNISINOS)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Dr. Claus Fallgatter (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr.ª Maria Inês Feijó Ramos (MPEG/MCTI)

 

Resumo:

 

As bacias do Araripe, Jatobá e Tucano representam bacias interiores localizadas na região Nordeste do Brasil, implantadas sobre terrenos cristalinos do Pré-Cambriano que constituem a Província Borborema e o Cráton São Francisco. O empilhamento sedimentar dessas bacias é subdividido nas sequências tectonoestratigráficas Sinéclise, Início de Rifte, Clímax de Rifte e Pós-Rifte. O arcabouço bioestratigráfico das bacias interiores do Nordeste foi estabelecido a partir da identificação de sua fauna de ostracodes, tendo representantes da classe Ostracoda como marcadores de seus andares locais. Com o intuito de aprimorar o conhecimento do Titoniano–Aptiano (fases rifte e pós-rifte), foram estudadas 100 amostras coletadas de 50 afloramentos e um testemunho de sondagem, provenientes das formações Brejo Santo, Crato e Ipubi, na Bacia do Araripe, e das formações Aliança, Candeias e Grupo Ilhas, nas bacias de Jatobá e Tucano. Após a preparação laboratorial dessas amostras para a recuperação dos microfósseis calcários e a triagem do material, foram identificados e propostos dois novos gêneros: Batecypris gen. nov. e Macunhaella gen. nov., além de cinco novas espécies: Batecypris reticularis sp. nov., Macunhaella posteroaltis sp. nov., Timiriasevia aratra sp. nov., Theriosynoecum favus sp. nov. e Wolburgiopsis magnafossa sp. nov., para o pós-rifte na Bacia do Araripe. Na fase rifte das três bacias estudadas, foram identificados 25 táxons pertencentes aos gêneros não marinhos Theriosynoecum, Cypridea, Candona, Brasacypris, Paracypridea, Salvadoriella, Reconcavona, Darwinula, Alicenula, Rhinocypris e Tucanocypris, sendo propostas cinco novas espécies: Brasacypris mourae sp. nov., Cypridea trapezoidalis sp. nov., Cypridea superposita sp. nov., Theriosynoecum compressum sp. nov. e Rhinocypris spinacurtis sp. nov., além da revisão detalhada das espécies Cypridea salvadorensis, Cypridea (Morinina?) bibullala, Paracypridea similis e Paracypridea elegans, com proposta de sinonimização de suas subespécies e das emendas necessárias. A partir da classificação e do refinamento taxonômico da fauna, foi possível identificar as biozonas OST-001 Andar Dom João (Titoniano), OST-003 e OST-004 Andar Rio da Serra (Berriasiano–Hauteriviano), OST-005 e OST-006 Andar Aratu (Hauteriviano–Barremiano), OST-007 Andar Buracica (Barremiano) e OST-011 Andar Alagoas (Aptiano), bem como registrar novas ocorrências nas bacias estudadas e estabelecer correlações com outras bacias do Nordeste e bacias africanas, com base no estudo da distribuição paleobiogeográfica das espécies recuperadas.

 

Palavras-chave: Taxonomia; variações ecofenotípicas; bioestratigrafia; paleobiogeografia