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Estreia ‘Povo do Livro’, o novo programa de literatura da TVU

A partir do dia 9 deste mês, a TVU, canal 11.1, abre espaço para leitores, críticos e escritores em uma produção inédita dedicada ao mundo da literatura

Neste sábado (9), às 13h30, estreia na TVU, canal 11.1, o Povo do Livro, um novo programa semanal que celebra a literatura em suas mais diversas formas. Essa produção própria marca uma importante contribuição da TVU para a arte e cultura, reunindo amantes da literatura para compartilhar suas experiências literárias, recomendar obras e explorar as nuances de diferentes gêneros. O programa também tem transmissão digital no site da emissora. 

Cada episódio de Povo do Livro aborda uma jornada literária, abordando desde o universo infantojuvenil até clássicos, poesia, contos, literatura pernambucana, hispano-americana, e brasileira. Os participantes incluem professores, escritores, mediadores de leitura, bibliotecários, contadores de histórias e, acima de tudo, apaixonados leitores. Temas como o incentivo à leitura, a formação de novos leitores, o papel das bibliotecas comunitárias e a mediação literária são explorados de forma envolvente e acessível. O programa é apresentado pela radialista Ariana Pacheco, da TVU, também formada em Letras.

O episódio de estreia traz uma conversa com Hélio Monteiro, bibliotecário da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco. Hélio relembra como o livro “Pai, me compra um amigo?”, de Pedro Bloch, marcou sua infância aos 11 anos, com a história de Bebeto, um menino que busca seu lugar no mundo. A obra, que aborda aceitação e pertencimento, ajudou Hélio a compreender o poder transformador da literatura desde cedo, mostrando como os livros podem atuar como uma forma de terapia e aprendizado social. Ele também destaca a importância da literatura infantojuvenil na introdução de temas como raça, gênero e diversidade para jovens leitores.

Entre as leituras que moldaram sua trajetória, Hélio menciona “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis. Inicialmente, a narrativa do defunto-autor lhe causava desconforto, mas foi graças à mediação de uma professora na faculdade que ele conseguiu superar essa barreira e redescobrir a riqueza da obra. Hoje, Hélio defende a importância de uma mediação sensível, capaz de contextualizar e preparar o leitor para temas complexos, assim como propõe o Povo do Livro.

Data da última modificação: 06/11/2024, 15:35