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Saúde da Criança e do Adolescente promove defesa de dissertação de mestrado
Defesa acontece na sexta-feira (15), às 13h
O Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da UFPE promove defesa de dissertação de mestrado da discente Mirelly da Silva Barros, na sexta-feira (15), às 13h. A apresentação acontece de forma remota, através da plataforma Google Meet. É recomendado que se entre na sala com microfone e câmera desligados.
Com o título “Contação de histórias no Ensino Superior: o florescer de conhecimentos sobre a primeira infância sob a luz de Vigotsky”, o trabalho teve a orientação da professora Maria Wanderleya de Lavor Coriolano Marinus (CCS/UFPE) e coorientação da professora Jeanine Porto Brondani (UFMA). A banca organizadora é formada pelos professores Cláudia Marina Tavares de Araújo (presidente), (Fonoaudiologia/CCS/UFPE), Gabriela Cunha Schechtman Sette (Enfermagem/CCS/UFPE), Joseph Dimas de Oliveira (Enfermagem/Urca) e os suplentes Estela Maria Leite Meirelles Monteiro (Enfermagem/CCS/UFPE), Fabia Alexandra Pottes Alves (Enfermagem/CCS/UFPE).
Resumo
Introdução: Intervenções direcionadas à infância constituem uma forma de melhorar a qualidade de vida, saúde e integração social. A partir desta compreensão, há necessidade de ações de formação profissional direcionadas a fomentar conhecimentos interprofissionais voltados à promoção da saúde da criança. A contação de histórias enquanto ferramenta de ensino-aprendizagem no ensino superior e enquanto estratégia de comunicação e aproximação com o público infantil pode conduzir a construção de conhecimentos significativos, críticos e cocriativos para o planejamento de ações resolutivas em contextos e situações que impactam a infância e novos significados para ações e papeis profissionais. Objetivo Geral: Analisar as potencialidades da contação de histórias em um processo de ensino-aprendizagem interprofissional sobre primeira infância com estudantes de graduação. Metodologia: Estudo de caso, único, de caráter avaliativo, construído a partir da abordagem qualitativa. Os dados foram coproduzidos a partir de uma proposta formativa, interprofissional, em formato híbrido, com estudantes de graduação de diferentes cursos da Universidade Federal de Pernambuco, no Campus Recife. Na primeira etapa, foram investigados os conhecimentos prévios dos participantes sobre primeira infância e contação de histórias, além de motivações. Na segunda etapa, os estudantes tiveram contato com a temática da primeira infância por meio da contação de histórias e metodologias participativas. Na terceira etapa, os estudantes foram divididos em grupos para criação de soluções, a partir da contação de histórias, subsidiados pelas fases do design thinking. Nesta etapa, foram realizadas visitas práticas a contextos de atuação com as crianças (Bibliotecas Comunitárias, Emergência Pediátrica e enfermaria pediátrica). Os instrumentos de coleta de dados foram formulários on-line autopreenchidos, narrativas e produções ao longo dos encontros, além de um grupo focal avaliativo, ao final. A análise de dados foi realizada conforme etapas de codificação descritiva, codificação analítica e categorização de Gibbs. Resultados: Os resultados subsidiaram três categorias, articuladas ao Referencial Teórico de Vigotsky. A categoria I aborda as “Interesses iniciais dos graduandos sobre a primeira infância e contação de histórias”, considerando conhecimentos prévios e percepções sobre fatores que influenciaram a tomada de decisão/motivação para participarem do processo formativo. Na categoria II, intitulada “Contação de histórias no processo de ensino-aprendizagem sobre primeira infância: Conhecimentos e sentimentos novos”, os estudantes conseguiram refletir e aprender sobre temáticas como desenvolvimento infantil durante a primeira infância, parentalidade, afetividade, o lúdico no contexto da infância e a comunicação com crianças. Na categoria III, intitulada “Aplicação interprofissional de intervenções mediadas pela contação de histórias para primeira infância em diferentes contextos”, foram evidenciadas compreensões quanto ao trabalho em equipe interprofissional e a experiência de articulação profissional. Considerações finais: Por sua versatilidade, a contação de histórias favoreceu a exploração de diferentes aspectos que envolvem a temática da primeira infância, ampliando a compreensão de conceitos, o pensamento crítico e reflexivo, assim como, o próprio ambiente organizacional, além da sociointeração de estudantes numa perspectiva interprofissional, gerando novas percepções sobre o trabalho em equipe e atuação direta com crianças e famílias em diferentes cenários. A contação de histórias permitiu a aprendizagem sensível, agregando aspectos estéticos e emocionais no contexto pedagógico, além dos aspectos colaborativos e interprofissionais no cuidado à criança/família. O presente estudo direciona para a necessidade de realização de estudos futuros no que se refere ao uso e aplicabilidade da contação de histórias em outros contextos, formativos e de cuidado no Ensino Superior.