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Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas tem defesa de tese no próximo dia 21

A pesquisa tem orientação do professor Almir Gonçalves Wanderley (UFPE) e coorientação do professor José Lamartine Soares Sobrinho (UFPE)

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPE, Campus Recife, promove a defesa da tese de doutorado “Sistema de liberação nanoestruturado para administração oral de insulina”, da aluna Eliadna de Lemos Vasconcelos Silva. A defesa será no dia 21 deste mês, às 9h, no auditório da Faculdade de Medicina da UFPE.

A pesquisa tem orientação do professor Almir Gonçalves Wanderley (UFPE) e coorientação do professor José Lamartine Soares Sobrinho (UFPE). A banca examinadora traz os seguintes professores: José Lamartine Soares Sobrinho; Durcilene Alves da Silva (UFPI); Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida (Univasf); Edson Cavalcanti da Silva Filho (UFPI); e Arnóbio Antônio da Silva Júnior (UFRN).

Resumo

A terapia dos diabéticos tipo 1 assenta na administração exógena de insulina e existe a tendência para a introdução da insulina no tratamento do diabetes tipo 2. Administrada por via subcutânea, a insulina é invasiva e não mimetiza a ação da insulina fisiológica, o que acarreta vários efeitos secundários. A via oral é a mais fisiológica e mais cômoda para o diabético, porém, apresenta baixa biodisponibilidade devido à elevada atividade proteolítica e permeabilidade reduzida do trato gastrointestinal. Como abordagens mais promissoras para a terapia de insulina por via oral, encontram-se os sistemas nanoestrurados que incorporam a insulina em nanopartículas biocompatíveis à base de polímeros que protegem e promovem a absorção da insulina. O derivado foi caracterizado por espectroscopia de infravermelho e RMN, análise elementar, coeficiente de solubilidade e potencial zeta. O biopolímero modificado foi utilizado como plataforma para sistemas de liberação de fármacos usando insulina. As nanopartículas foram desenvolvidas através da técnica de complexação polieletrolítica e foram caracterizadas por tamanho, carga superficial, eficiência de aprisionamento e perfil de liberação gastrintestinal. As nanopartículas apresentaram tamanho de 460 nm com eficiência de 52,5% de incorporação de insulina e a estabilização eletrostática foi sugerida pelo potencial zeta de +30,6 mV. A liberação sustentada de insulina foi observada por até 24 horas. O ensaio de citotoxicidade demonstrou que a goma de cajueiro acetilada e as nanopartículas não apresentaram efeito significativo sobre a viabilidade celular, verificando sua biocompatibilidade. O sistema nanoestruturado administrado por via oral a ratos diabéticos reduziu a glicemia em 51% dos níveis basais após 12 horas. Após 15 dias de administração não foram observados efeitos das nanopartículas sobre perda de massa corpórea, consumo de água e ração e parâmetros hematológicos e bioquímicos. Os resultados mostraram que o sistema nanoestruturado à base de goma de caju acetilada (GCA) apresentou-se como potencial veículo para liberação sustentada de insulina por via oral.

Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
(81) 2126.7515

ppgcf@ufpe.br

Data da última modificação: 14/02/2019, 12:23