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Servidora da UFPE publica artigo em revista Qualis A2 sobre luta por direitos das pessoas com TEA

A pesquisa busca ampliar a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

A técnica em assuntos educacionais da UFPE Sandra Helena da Conceição Campos, que atua no Núcleo de Acessibilidade (Nace) da Universidade, teve o artigo “A luta por direitos das pessoas no Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma análise sobre invisibilidade mediante a teoria honnethiana” publicado no dossiê especial sobre Movimentos Sociais e Direitos da revista Oikos: Família e Sociedade, classificada como Qualis A2 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Essa classificação atesta a relevância e qualidade da revista como veículo acadêmico de destaque, contribuindo para a disseminação de pesquisas de alta qualidade.

“Os autistas passam por experiências sociais negativas cotidianamente, especialmente de invisibilidade, que fere a dignidade humana. Então é de suma importância social a publicação de um artigo que traz uma análise da busca das pessoas autistas por visibilidade social e direitos numa revista de Qualis A2, promovendo assim a difusão e consciência sobre este fenômeno social”, explana a pesquisadora Sandra Helena Campos, também geógrafa e mestra em Gestão Pública pela UFPE. O artigo tem como coautores o historiador e mestre em Gestão Pública pela UFPE Thiago Florentino; e o professor do Departamento de Ciências Administrativas e do Mestrado em Gestão Pública da UFPE Denilson Marques

A pesquisa busca ampliar a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e evidenciar os desafios enfrentados por essas pessoas em relação à invisibilidade social. O objetivo é promover sua visibilidade e lutar por seus direitos, garantindo inclusão e dignidade na sociedade. Os três pesquisadores, com experiência em áreas como Gestão Pública, Psicanálise, Sociologia e Direito, oferecem uma perspectiva multidisciplinar enriquecedora para o estudo do tema.

O artigo destaca que o TEA é um distúrbio neurológico que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. No entanto, devido à ausência de características físicas distintas, essas pessoas muitas vezes enfrentam uma invisibilidade social, sendo subestimadas e excluídas das atividades cotidianas.

Através de uma abordagem acessível e clara, os pesquisadores explicam que a luta por reconhecimento e visibilidade é fundamental para garantir a inclusão e a dignidade das pessoas com TEA. Eles ressaltam que é necessário que a sociedade como um todo reconheça e valorize as capacidades, necessidades e convicções desses indivíduos, permitindo sua participação ativa na vida em sociedade.

Os pesquisadores apresentam as principais conclusões do estudo de modo objetivo, tornando-o compreensível para aqueles que desejam se aprofundar no assunto. O artigo traz uma contribuição importante para o debate acadêmico sobre o TEA e ressalta a necessidade de políticas públicas efetivas e ações de sensibilização da sociedade em relação a esse transtorno. Além disso, o estudo oferece reflexões sobre a teoria de Axel Honneth e sua aplicação no contexto do Transtorno do Espectro Autista, trazendo informações e reflexões essenciais para quem busca se envolver nessa temática e contribuir para uma sociedade mais justa e inclusiva.

“Historicamente, o desprezo social e consequentemente a exclusão de grupos minoritários como o dos autistas, permeia o nosso País. Conclui-se nesta pesquisa que ser neurodiverso numa sociedade excludente implica numa luta constante por reconhecimento jurídico-institucional, e tal luta propicia a saída da invisibilidade social; sendo importante o desenvolvimento de mais estudos acadêmicos acerca da temática”, conclui Sandra Helena Campos.