Paleolab
Coleção Coleção
O Departamento de Geologia possui precioso acervo fossilífero de macro- e microfósseis, construído ao longo de 50 anos de existência por professores e fundadores da instituição que muito contribuíram para o conhecimento da Paleontologia e Estratigrafia do Nordeste brasileiro. Dentre eles, citamos Karl Beurlen, Ivan de Medeiros Tinoco, Geraldo da Costa Barros Muniz e José Lins Rolim. A criação, organização e manutenção de coleções paleontológicas justificam-se por promover ensino e pesquisa na graduação e pós-graduação, preservar e divulgar o Patrimônio Natural, lembrando que o fóssil é uma prova concreta de uma vida antiga e que nos conta a história de evolução da vida e dos antigos ecossistemas da Terra e por isso preservado por lei (Decreto-Lei 4.146 de 1942, Constituição de 1988, Portaria no 55 de 14/03/1990 do Ministério da Ciência e Tecnologia e Lei 8.176 de 08/02/1991).
O Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (DGEO/UFPE) possui uma Coleção Científica de Macrofósseis que conta com mais de 10.000 exemplares de invertebrados, vertebrados e icnofósseis das eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica, coletados em bacias sedimentares do Nordeste brasileiro. Fruto de mais de 50 anos de trabalho de professores da Instituição, a coleção está em processo de organização física e informatização desde 2003, visando melhor conhecimento do acervo, conservação, agilidade na localização dos espécimes e acessibilidade.
Devido à importância do tipo (exemplar fóssil, padrão de referência na descrição de um taxon) para a Paleontologia nos diversos campos da pesquisa básica e aplicada, as instituições de guarda dos exemplares, além de garantir-lhes a preservação e o livre acesso para consulta, devem divulgá-los através de catálogos de tipos. Estão listados um total de 314 espécimes-tipo, sendo 76 holótipos, 204 parátipos, 20 síntipos, 7 lectótipos e 7 paralectótipos, totalizando 96 espécies nominais. Mais de 90% do acervo de tipos foi descrito pelos Professores Geraldo da Costa Barros Muniz e Karl Beurlen. O Filo Mollusca é o mais numeroso, com 77 novas espécies de bivalves, gastrópodes e cefalópodes. Echinodermata, Arthropoda, Chordata e Brachiopoda têm, respectivamente, 4, 3, 2 e 1 novas espécies descritas. E os icnofósseis são representados por 9 novas espécies. Cerca de 75% deste material foi coletado em bacias costeiras do Nordeste, a saber: Potiguar, Pernambuco-Paraíba e Sergipe-Alagoas. Entre os exemplares de maior destaque do Paleozóico, encontram-se: Camarothoechia jatobensis Muniz, 1978; Sanguinolites pernambucensis Muniz, 1979; Sphatella brevis Muniz, 1979; Bifungites cruciformes Muniz, 1982; Rusophycus piauiensis Muniz, 1982; e Bifungites munizi Agostinho et al., 2004. Do Mesozóico: Dendostrea mossoroensis (Beurlen, 1964); Ostrea jacobi Beurlen, 1964; Turritella independenciae Beurlen, 1964; Diploconcha riachueloi Beurlen, 1965; Archaeopus rathbunae Beurlen, 1965; Faujasia araripensis Beurlen, 1966; Dentalium mauryae Penna-Neme & Muniz, 1976; Hemiaster cearensis Brito, 1981; Gaudryceras brasiliense Muniz, 1993; Mesalia garapuensis Muniz, 1993; Cerithium paraibense Muniz, 1993; e Guarinisuchus munizi Barbosa et al., 2008. Do Cenozóico, a coleção guarda parátipo do Megatherium (Eremotherium) laurillardi (Lundi, 1842) Guérin & Faure, 2000.
A Coleção Científica de Microfósseis é composta por vários grupos taxonômicos, dentre eles, equinodermatas, briozoários, cnidários e principalmente por foraminíferos e ostracodes. A coleção abriga cerca de 1.500 números de entrada de origem bastante diversificada, contendo uma rica representação da fauna de microfósseis do Brasil, principalmente do Nordeste. Compreende microfósseis do Mesozoico ao Cenozoico, coletados e estudados por professores e alunos.
O Kit Didático é composta pelo material usado para fins educacionais, em eventos de divulgação científica. Quando solicitado, pode ser cedido para serem expostos em eventos ou aulas.
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