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Alumni e discentes do CIn criam projeto “Caixinha do Bem”

A campanha confecciona caixas de acrílico protetoras para suprir hospitais da Região Metropolitana do Recife

Uma equipe composta por alumni e estudantes do Centro de Informática (CIn) da UFPE, juntamente com profissionais das áreas de Saúde e Arquitetura, reuniu esforços para contribuir no combate à Covid-19. O projeto “Caixinha do Bem” foi idealizado com intuito de confeccionar e distribuir, nos hospitais da cidade, caixas de acrílico que auxiliam na proteção adequada da equipe de saúde durante a intubação e extubação dos pacientes contaminados, diminuindo o risco de contágio pelos profissionais. A iniciativa, que nasceu a partir da ideia de produzir máscaras de proteção, foi modificada para suprir a demanda de equipamentos de proteção individual (EPIs) que pudessem prestar apoio durante o momento de manuseio dos pacientes.

Everson Veríssimo, alumni do CIn e um dos responsáveis pelo projeto, revelou que o modelo foi concebido devido a pandemia do novo coronavírus em Taiwan e, a partir da necessidade recorrente em Pernambuco, decidiu, juntamente com o grupo integrante, realizar a confecção e distribuição das caixas. O objeto consiste em uma caixa transparente, feita de acrílico, que permite que o médico consiga enxergar e realizar o procedimento de extubação, colocando a caixa sobre o paciente e manipulando os tubos através de duas aberturas na área dos braços, evitando que qualquer secreção contamine os demais profissionais.

Veríssimo explica a importância do projeto frente a escassez de insumos hospitalares existentes no combate ao vírus: “Muitos pacientes do coronavírus têm dificuldade em respirar devido à debilitação de seus pulmões e precisam de respiradores. Os respiradores são instalados e removidos no paciente justamente no procedimento de intubação e extubação, e é justamente durante esses procedimentos que o risco de contágio é maior, principalmente durante a extubação, que ocorre enquanto o paciente está consciente e há grandes chances de ele tossir e; os tubos acumulam catarro, que podem contaminar os médicos e fisioterapeutas. No momento, trabalhamos com a meta de produzir 30 caixas e, à medida em que a campanha cresça e a demanda também, poderemos aumentar a meta no futuro.”

O processo de confecção de uma caixa leva cerca de uma hora e cada unidade tem um custo de R$ 270,00. Com o intuito de angariar recursos para a produção das peças, o grupo lançou uma campanha de financiamento coletivo on-line onde a população pode contribuir com a implementação do projeto e também como meio de incentivo à projetos semelhantes em outras partes do país. Para saber mais sobre a iniciativa, acesse o perfil do projeto no Instagram

Data da última modificação: 07/04/2020, 18:09