O coordenador do projeto Capoeira com a UFPE, professor Henrique “Tchê” Kohl, docente do Departamento de Educação Física da Universidade, teve aprovada, em 2º lugar, a proposta “Ubuntu! - Fomentando fazeres e saberes ancestrais: a roda de capoeira e o ofício de mestre em seus gingados interdependentes por diferentes municípios de Pernambuco”, apresentada no Edital do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial (PNPI) 2023, e objetiva fomentar a salvaguarda da capoeira em 16 núcleos distribuídos em 14 municípios de Pernambuco. O edital é do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e visa ao desenvolvimento de projetos para salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. O resultado está disponível aqui. 

Os 16 núcleos contemplam 14 municípios: Arcoverde, Bezerros, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Escada, Flores, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Jaqueira, Olinda, Paulista, Recife (dois núcleos), São Caetano e Tamandaré.

A proposta aprovada contempla interfaces e interdependências da práxis social e ancestral capoeira, coadunando com os relevantes e fundamentais reconhecimentos da Roda de Capoeira (Livro de Registro das Formas de Expressão) e do Ofício dos Mestres de Capoeira (Registro dos Saberes), como Patrimônios Imateriais do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/Iphan (2008); e com o importante reconhecimento da Roda de Capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura/Unesco (2014).

Das 190 propostas cadastradas, foram contempladas 58 propostas oriundas de todas as regiões do país. Com pontuações diferenciadas para povos e comunidades tradicionais e para as regiões Norte e Nordeste, o edital teve recorde de participação social: foram 47 projetos advindos de organizações da sociedade civil. Com a ampliação do investimento, o edital do PNPI representa o maior investimento na salvaguarda do patrimônio imaterial da história do Iphan.