O Grupo de Magnetismo e Materiais Magnéticos do Departamento de Física (DF) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e o Departamento de Manufatura Avançada, do Instituto Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), estão atuando conjuntamente em pesquisa do DF.

Recentemente, o Grupo de Magnetismo adquiriu um liquefator de gás hélio para uso em pesquisas em baixas temperaturas e campos magnéticos intensos. O equipamento, que foi importado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade/UFPE), da empresa Chinesa Pride, representada pela Cryoservice, que possui sede em Campinas (SP), produz hélio líquido que é armazenado a uma temperatura em torno de -269° C. O hélio líquido é usado tanto para resfriar bobinas supercondutoras para geração de campos intensos, quanto para investigar fenômenos e materiais magnéticos em baixas temperaturas. Apesar de ser totalmente automatizado, ainda restava a possibilidade de acesso remoto para acompanhamento do processo de liquefação e controle do equipamento.

Foi então que o professor Fernando Machado, do Departamento de Física da UFPE e principal usuário do liquefator, entrou em contato com o Departamento de Manufatura Avançada, do Instituto Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), especializado também em automação avançada, por meio da coordenação de Bruno Brasil, do consultor Gabriel Ribeiro e de Daniel Azeredo, responsável pela ponte entre as duas instituições. E, desse modo, começaram os estudos para o desenvolvimento da interface de acesso remoto ao liquefator.

Com a interface desenvolvida, é possível acessar e controlar o liquefator a partir de qualquer computador, ou celular, com acesso à internet. Para Machado, a cooperação UFPE-Senai é um bom exemplo de parceria em Ciência, Tecnologia e Inovação envolvendo várias instituições atuando no setor.

A cooperação resultou em um avanço tecnológico que beneficiará não só o grupo de pesquisa da UFPE, mas também outros grupos de pesquisa com equipamento similar, como o do professor Clodoaldo Araújo, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, que tem participação importante no projeto. A transferência de tecnologia está sendo, inclusive, cogitada pela Cryoservice, que poderá incluí-la nos próximos equipamentos importados pela empresa, bem como nos sistemas já existentes e que não dispõem desse item de segurança.