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Cinema da UFPE exibe filmes das mostras Alberto Cavalcanti e Cinelimite e do cineasta Fábio Leal

Confira a programação desta semana

A Mostra Alberto Cavalcanti – Um cosmopolita brasileiro está entre as atrações desta semana no Cinema da UFPE. Quatro obras do cineasta brasileiro serão exibidas hoje (17) e quinta-feira (18) e o público poderá participar de um debate com a professora Ângela Pryshton (UFPE) e com o pesquisador e curador da mostra Lucca Nicoleli. Já na sexta-feira (19), a sala localizada no Complexo de Convenções, Eventos e Entretenimento da UFPE exibirá filmes da mostra Cinelimite Queer, realizada em parceria com a organização Cinelimite, e do cineasta Fábio Leal, que também estará presente para um debate.

Todas as sessões têm entrada gratuita. Os bilhetes são disponibilizados por este link no dia da exibição, a partir das 12h, e também podem ser retirados presencialmente 30 minutos antes do início da sessão. 

“A mostra ‘Alberto Cavalcanti – Um cosmopolita brasileiro’ visa apresentar aos espectadores do Cinema da UFPE um panorama das realizações do influente – e comumente esquecido – realizador brasileiro, este que, nas palavras do autor Luiz Nazario, pode ter sido o mais importante cineasta do nosso país”, avalia o pesquisador Lucca Nicoleli, que é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPE.

“O monumento da obra de Cavalcanti pode ser entendido em seu aspecto cosmopolita, lugar instável caracterizado por um percurso errante. Ao estudar na Europa, envolve-se nas práticas artísticas do movimento Surrealista, e colabora com o ícone do nascimento do cinema documentário, John Grierson. Na Inglaterra, lança-se ao cinema comercial, realizando inventivos exemplares do cinema de gênero. Já de volta ao Brasil, ajuda a organizar o histórico estúdio Vera Cruz e dirige filmes incontornáveis da cinematografia nacional”, continua o curador da mostra.

“A diversidade de sua produção, tanto em sua face transcontinental quanto no âmbito da experimentação com múltiplas formas cinematográficas, nos faz pensar em toda uma história, ainda que fragmentada, do cinema na primeira metade do século XX, encontrando em Cavalcanti uma janela ao ideal de cinema mundial, um cinema do mundo”, avalia Lucca Nicoleli ao explicar que a mostra reúne alguns dos filmes mais famosos da filmografia do cineasta: “Somente as Horas, um retrato experimental, rítmico e efervescente da cidade de Paris nos anos 20; Na Solidão da Noite, uma antologia de terror britânica que Cavalcanti dirige em colaboração com outros cineastas; o filme noir Nas Garras da Fatalidade e, por fim, O Canto do Mar, filmado na cidade do Recife e exibido em DCP, em cópia rara disponibilizada pela Cinemateca Pernambucana”.

Confira a programação da semana 

Quarta-feira (17)

Mostra Alberto Cavalcanti – Um cosmopolita brasileiro
15h – Somente as horas (Rien que les heures)
FRA, 1926, 45’
Sinopse: “Documentário sobre a Paris dos anos 20 em forma de ‘sinfonia urbana’. Trata-se de nostálgico estudo dos pobres de Paris, um caleidoscópio impressionista da cidade, filmada com recursos do cinema experimental.”

16h – Na solidão da noite (Dead of Night)
UK, 1945, 102’
Sinopse: “Confinado num chalé, um grupo de pessoas compartilha histórias de coincidências, absurdos e desgraças. H. G. Wells escreveu boa parte delas. Cavalcanti dirigiu dois episódios deste filme (The Christmas Story e The Ventiloquist’s Dummy).” 

Quinta-feira (18)

Mostra Alberto Cavalcanti – Um cosmopolita brasileiro
14h – Nas garras da fatalidade (They Made me a Fugitive)
UK, 1947, 101’ 
Sinopse: “O roteiro deste filme noir foi baseado no romance A Convict Has Escaped, de Jackson Budd, mas guarda do original apenas a premissa principal, o condenado que foge da prisão. Clem Morgan, um ex-oficial da Real Força Aérea britânica (RAF) não consegue adaptar-se à vida civil. Entra para uma gangue de contrabandistas que, tendo como fachada uma funerária, trafica bebidas, cigarros e drogas dentro de caixões.”

16h – O canto do mar 
BR, 1953, 87’ 
Sinopse: “A história de retirantes da seca que foram para o litoral, primeira etapa da migração em direção ao sul, encontrando uma sina de loucura, miséria, traições e desesperança da qual o menino-protagonista deseja escapar.”

Debate com Ângela Prysthon (professora UFPE) e Lucca Nicoleli 

Sexta-feira (19) 

14h – Sessão Cinelimite Queer

Closes, de Pedro Nunes
BR, 1982, 30’
Sinopse: “Doc-ficção sobre os conflitos e os preconceitos que envolvem o campo da sexualidade.”

Baltazar da Lomba, pelo Coletivo Nós Também
BR, 1982, 20’
Sinopse: “Filme baseado no primeiro registro histórico de repressão à homossexualidade na Paraíba, na época do Brasil Colônia.”

Era Vermelho Seu Batom, de Henrique Magalhães
BR, 1983, 10’
Sinopse: “Durante o carnaval, surge um relacionamento romântico entre dois foliões, um deles brincando em um bloco de travestidos.”

Miserere Nobis, de Lauro Nascimento
BR, 1983, 20’
Sinopse: “Um filme de temática homoerótica, primoroso na construção simbólica da A Santa Ceia, que ganha nova dimensão.”

Perequeté, de Bertrand Lira
BR, 1981, 20’
Sinopse: “As dificuldades para vencer o preconceito de um ator e bailarino na cena artística da Paraíba.”

16h – Sessão Especial Filmes Fábio Leal

Reforma, de Fábio Leal
BR, 2018, 15’
Sinopse: “Saindo com um rapaz diferente a cada dia, Francisco revela à amiga Flávia que está insatisfeito com seu corpo gordo. Ela o ouve, mas tem dificuldade para entender a dimensão do problema do amigo.”

Seguindo Todos Os Protocolos, de Fábio Leal
BR, 2022, 73’
Sinopse: “Após ficar 10 meses sozinho em quarentena, Francisco quer transar.”

Debate com Fábio Leal (diretor)

Mais informações
Cinema da UFPE 
cinema.ufpe@ufpe.br

Data da última modificação: 17/07/2024, 11:50