O Hospital das Clínicas da UFPE reabriu a sua Área Assistencial de Medicina Nuclear, na manhã desta quinta-feira (9), em cerimônia que contou com a presença da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra; do reitor da UFPE, Alfredo Gomes; e do vice-reitor Moacyr Araújo; entre outras autoridades. Com a reforma das instalações físicas e aquisição de modernos equipamentos, a nova Medicina Nuclear do HC vai ampliar no Estado a oferta de exames de cintilografia e de tratamentos contra o câncer, como a iodoterapia. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Fotos: Vinícius Ribeiro/ HC-UFPE

Superintendente do HC, Filipe Carrilho, com a governadora Raquel Lyra e o reitor Alfredo Gomes

“Cada um que está aqui (no anfiteatro 1 do HC) sonhou esse projeto que agora sai do papel e vai beneficiar a população de Pernambuco. O SUS atende mais de 90% da nossa população, e temos o desafio de ampliar a capacidade de diagnóstico  e de acesso ao tratamento. Queremos a parceria do HC e da UFPE para os mutirões e para o planejamento de ações de médio e longo prazo e estamos à disposição da UFPE, que dá oportunidade a tantos sonhos de seus alunos e pesquisadores”, destaca a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. “Os meus agradecimentos à capacidade de resiliência, trabalho e esforço de todos vocês”, completa. 

O reitor da UFPE, Alfredo Gomes, agradeceu a presença da governadora e celebrou o início de tratativas de parcerias entre a universidade e o governo estadual, além de ressaltar a universidade como um celeiro de pesquisas que impactam e mudam a vida das pessoas. 

Para ele, a nova Medicina Nuclear do HC “vai gerar frutos que ajudarão a consolidar o HC como referência estadual e nacional” e elogiou o empenho dos trabalhadores e da gestão do hospital. “Quero agradecer profundamente a todos que fazem o HC por mais uma entrega que tanto vai favorecer a nossa população”, pontua.     

O vice-reitor da UFPE, Moacyr Araújo reforçou o papel do HC como um importante braço da Universidade e a importância da instituição de ensino para o Estado. “O HC cada vez mais integrado à UFPE tem trazido muitos resultados, como essa entrega de hoje, que é fruto do trabalho dos seus trabalhadores com o apoio da Ebserh. Mais do que uma Universidade Federal de Pernambuco somos uma Universidade Federal para Pernambuco com todas as suas possibilidades para que os pernambucanos tenham mais acesso à educação, ciência, tecnologia e assistência à saúde pelo SUS com toda a sua força”, afirma.      

Para Alfredo Gomes, a nova Medicina Nuclear ajudará a consolidar o HC como referência estadual e nacional

“As novas instalações e os novos equipamentos transformam a Medicina Nuclear do HC em um centro de excelência, nivelado aos maiores centros nacionais. Neste contexto, é muito gratificante devolver à sociedade esse serviço que estava fora de funcionamento desde 2018. Muitos arregaçaram as mangas para tirar esse projeto do papel. Vamos ampliar nossas pesquisas que possibilitarão novos avanços tanto no diagnóstico quanto no tratamento. Também possibilitaremos melhores tratamentos e resultados, de forma mais humanitária e menos invasiva. Essa entrega materializa a assistência e fortalece as iniciativas de ensino, pesquisa e inovação em saúde”, explica o superintendente do HC, Filipe Carrilho.  

O gestor ressaltou ainda a importância do HC para a rede estadual. “É um orgulho dizer que temos cadastros e registros de atendimentos de todos os municípios de nosso Estado. O HC é um hospital público que oferta mais de 50 especialidades, uma particularidade dentre as unidades que compõem a rede estadual. Algumas situações só são resolvidas por aqui como, por exemplo, a cirurgia para correção de endometriose profunda e de redesignação sexual só para citar algumas”, completou.     

A Medicina Nuclear do HC é referência de qualidade ao prestar assistência à população de Pernambuco e de outros Estados do Norte-Nordeste há mais de 30 anos. “Contamos hoje com uma estrutura completa que é rara entre hospitais públicos do Brasil e que nos iguala aos maiores centros. Isso é fruto do trabalho de uma grande equipe que para tirar esse sonho do papel teve ao longo desse tempo muita dedicação, esforço, persistência, planejamento e vontade”, afirma a coordenadora da Medicina Nuclear do HC, Simone Brandão. 

A estimativa é que cerca de 350 pacientes sejam beneficiados por mês com a realização de cintilografias dos mais diversos tipos, um importante reforço para diminuir as filas pelo exame em Pernambuco. “Alguns dos exames que realizamos pelo SUS, de forma gratuita, dificilmente, seriam acessíveis à parte de nossa população, pois alguns deles chegam a custar até R$ 7 mil de tão modernos e precisos que são”, finaliza Simone.

INVESTIMENTO - Cerca de R$ 7 milhões foram investidos com recursos do HC, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e por meio de edital da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, sigla em inglês) para a realização das reformas de readequação e modernização da infraestrutura física tanto da Medicina Nuclear (4º andar) como da Iodoterapia (7º andar), além da compra de equipamentos como a Gama Câmara, esteira ergométrica, Gama Probe, monitores de radiação, computadores, entre outros.