O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aprovou a resolução que estabelece as normas para o reconhecimento e funcionamento das ligas acadêmicas nos cursos de graduação da UFPE ontem (23) à tarde, em sessão realizada no Auditório Reitor João Alfredo, na Reitoria. O documento passa a valer na data de sua publicação no Boletim Oficial da Universidade, no site da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (Progepe).

O documento explica que as ligas acadêmicas são entidades sem fins lucrativos, criadas e organizadas por um grupo de discentes, sob coordenação geral de um docente do quadro permanente da UFPE, para o aprofundamento didático de determinado assunto acadêmico, destinado a enriquecer o processo pedagógico, numa perspectiva interdisciplinar e interprofissional, possibilitando uma socialização do saber com a comunidade, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social.

Elas devem primar pela formação ampla do profissional de sua área de conhecimento com compromisso de que o seu eixo de atuação seja voltado para a interdisciplinaridade e interprofissionalidade, com abordagem prática e complementar dos temas curriculares, e não seja orientado para a formação de especialistas precocemente; adequar-se a uma concepção ampla de universidade ao contemplar ensino, pesquisa e extensão e desenvolver atividades nessas três áreas; e respeitar as atividades de ensino obrigatórias sem acarretar sobreposição de atividades e sem gerar prejuízos materiais, financeiros, físicos e de pessoal.

COMPOSIÇÃO - A liga deverá ser cadastrada no sistema de registro e avaliação de atividades extensionistas da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc), na modalidade Programa, contendo os documentos listados na resolução. As propostas das ligas serão analisadas por uma comissão composta por representantes da Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos (Proacad), Proexc e Pró-Reitoria para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq).

As ligas serão compostas por docentes e discentes dos cursos de graduação e podem contar com técnicos de nível superior vinculados à instituição. Também podem contar com docentes e discentes, preferencialmente, de mais de um curso, o que permite um maior intercâmbio de conhecimento e aproximação entre eles com as demandas do campo de prática no ambiente real. Cada liga poderá aceitar discentes de outras instituições, cujo número não poderá exceder 20% da sua composição.