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Documentário de estudantes de Jornalismo da UFPE vence o 15º Prêmio Jovem Jornalista do Instituto Vladimir Herzog
Equipe foi orientada pela professora Adriana Maria Andrade de Santana
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Um documentário de estudantes de Jornalismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi uma das três pautas vencedoras do 15º Prêmio Jovem Jornalista (PJJ) Fernando Pacheco Jordão, do Instituto Vladimir Herzog. O filme “Órfãos do mangue: o projeto de destruição ambiental e os impactos nas comunidades pesqueiras” foi produzido pelo grupo de estudantes Laysa Vitória Alves de Andrade, Letícia Maria Barbosa e Guilherme Silva dos Santos, e aborda a degradação dos manguezais urbanos do Recife e os seus impactos nas comunidades pesqueiras. A ideia da pauta surgiu após o grupo observar que o noticiário tradicional aborda muito pouco sobre o tema, apesar de sua importância. A cerimônia de exibição e premiação foi realizada na segunda-feira (23), no Instituto Itaú Cultural, em São Paulo. A reportagem premiada está disponível no YouTube.
É dos manguezais que a população da comunidade da Ilha de Deus, onde se concentra a vegetação, tira seu sustento baseado na pesca. A degradação do mangue, contudo, ameaça a prática, como retrata o documentário dos estudantes. “A derrubada das resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) no governo Bolsonaro, abrindo brechas para a especulação imobiliária em áreas de mangue e restinga, ajudou na decisão final sobre a escolha da pauta. Apesar das resoluções terem sido revogadas pela ministra Rosa Weber, a especulação imobiliária continua desmatando o mangue e afetando as comunidades tradicionais pesqueiras”, relatou o grupo. Além do avanço da especulação imobiliária na região, o trabalho denuncia outras ameaças ao mangue, como a poluição e o vazamento de óleo.
Além de orientação, a professora Adriana Maria Andrade de Santana, do Departamento de Comunicação, foi responsável por acompanhar o grupo até a área do manguezal, onde foram captadas imagens. “Poder participar da produção daquele tipo de jornalismo pelo qual militamos na Universidade e na profissão, ter a chance de vivenciar o que, muitas vezes, está associado apenas a um ideal utópico, mas, não a uma possibilidade prática, é um presente para nós, jornalistas-docentes”, afirmou Adriana.
“Fazer a mentoria no Prêmio Jovem Jornalista é gratificante. A garra e o talento dos participantes nos dão a certeza de que a próxima geração de jornalistas elevará o nível de excelência profissional”, disse Paulo Oliveira, jornalista mentor do grupo.
O PRÊMIO - Ao longo destes 15 anos, o PJJ possibilitou que jovens estudantes desenvolvessem importantes trabalhos jornalísticos sobre os direitos humanos. A iniciativa busca contribuir com a formação de estudantes de jornalismo de todo o território nacional, simulando a lógica de uma redação profissional. Desde sua criação, o prêmio viabilizou cerca de 70 reportagens de importante conteúdo investigativo. Além disso, foram mais de 2.800 estudantes inscritos, 198 universidades e faculdades de Comunicação e mais de 700 professores orientadores.
A iniciativa é uma homenagem ao jornalista Fernando Pacheco Jordão, que sempre se preocupou com o desenvolvimento dos jovens profissionais de imprensa. Falecido em 2017, Pacheco Jordão atuou na redação de importantes meios da imprensa nacional, incluindo emissoras de rádio, de televisão e jornais de circulação nacional.