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Defesa de Tese de Doutorado n.º 5 em 2021

“INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA E GEOMORFOLÓGICA DA ORIGEM DA DEPRESSÃO DO ABIAÍ”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Tese de Doutorado n.º 5 em 2021

 

Aluno(a): Larissa Fernandes de Lavor

 

Orientador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann

 

Coorientador(a): -

 

Título: “INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA E GEOMORFOLÓGICA DA ORIGEM DA DEPRESSÃO DO ABIAÍ”

 

Data: 20/05/2021

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet.

Link da transmissão ao público: http://meet.google.com/ydv-ikoe-dzk

 

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Antônio Carlos de Barros Corrêa (UFPE)

4.º Examinador(a): Prof. Dr. Saulo Roberto de Oliveira Vital (UFPB)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Magno Erasto de Araújo (UFPB)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Gelson Luís Fambrini (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Eduardo Rodrigues Viana de Lima (UFPB)

 

Resumo:

 

Esta pesquisa aborda aspectos da evolução geológica e geomorfológica da Depressão do Abiaí, avaliando a possibilidade de essa área constituir um modelado do tipo poljé. A história evolutiva da região revela que eventos tectônicos desenvolveram conjuntos de falhas que, por diversas vezes, se reativaram e influenciaram na reestruturação da paisagem, possibilitando a formação de um relevo bastante variado, devido às condições litológicas e climáticas, que viabilizaram o desenvolvimento de processos relacionados a fatores de dissecação, dissolução e acumulação em toda a região. Essa depressão, que aqui passará a se denominar de poljé do Abiaí, localiza-se na porção sul do litoral paraibano e apresenta uma extensão de 46km². No desenvolvimento desta pesquisa, a área total de estudo foi de 488,31km², abrangendo todo o entorno da depressão e se estendendo, no sentido oeste, até próximo da borda da bacia sedimentar Paraíba. O objetivo principal desta pesquisa é investigar os elementos constituintes da paisagem geológica e geomorfológica da área e do seu entorno, no sentido de elucidar se ela constitui uma depressão cárstica classificada na literatura geomorfológica de poljé. Como metodologia, utilizou-se o processo analógico-dedutivo, buscando fazer uso de conhecimentos prévios por meio de levantamentos de dados secundários, bibliográficos, cartográficos e documentais. Dessa maneira, foi possível entender a área comparando-a a outras regiões do mundo. Para coleta de dados primários, realizou-se um detalhado trabalho de campo em que se mapearam as informações e, posteriormente, aplicaram-se índices morfométricos nos principais cursos dos rios e analisaram-se dados gravimétricos, no intuito de identificar movimentações tectônicas recentes. Além disso, empregaram-se técnicas cartográficas para a elaboração de mapas temáticos em um Sistema de Informação Geográfica (SIG). O fato de haver um sistema de falhas geológicas perpassando os limites da depressão, associado às variações climáticas no Quaternário brasileiro, explicam as singularidades da região, o relevo relativamente plano com pequenas oscilações topográficas, os diversos afloramentos calcários, as concreções lateritas, as argilas, a grande quantidade de água em superfície e a gênese do poljé. Os cálculos morfométricos indicam possíveis movimentações tectônicas recentes na região, responsáveis pela reestruturação da drenagem que levou ao desenvolvimento do poljé do Abiaí. Já os dados geofísicos relacionados à gravimetria da área identificaram a existência de horsts e grábens na região, inclusive na área onde se localiza o poljé do Abiaí. Os dados adquiridos nesta pesquisa permitiram observar que o fato de existirem rochas calcárias na zona telogenética, solos propícios à acumulação e circulação de água (superficial e de subsuperfície), um terreno localizado em um ponto de cruzamento de falhas com fortes indícios de reativações tectônica recentes, capazes de formar horsts e grábens, e um histórico de variações climáticas durante o Quaternário, contribui com o entendimento de que a Depressão do Abiaí constitui, segundo a literatura pertinente, um poljé.

 

Palavras-chave: Ambientes cársticos na Paraíba; Rochas calcárias; Poljé; Planície do Abiaí.