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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 8 em 2022

“OSTRACODES NÃO MARINHOS DA FORMAÇÃO MARACANGALHA (CRETÁCEO INFERIOR), BACIA RECÔNCAVO, NORDESTE DO BRASIL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 8 em 2022

 

Aluno(a): Daniele de Melo Mendes Britto

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Claus Fallgatter (UFPE)

 

Título: “OSTRACODES NÃO MARINHOS DA FORMAÇÃO MARACANGALHA (CRETÁCEO INFERIOR), BACIA RECÔNCAVO, NORDESTE DO BRASIL”

 

Data: 30/05/2022

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/qdm-sdhk-fhr

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Édison Vicente Oliveira (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Cristianini Trescastro Bergue (UFRGS)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr. Lucas Silveira Antonietto (UnB)

 

Resumo:

 

O avanço dos estudos abordando a bioestratigrafia com base em ostracodes tem evidenciado uma contribuição efetiva deste grupo microfóssil no conhecimento da história geológica das bacias do Nordeste brasileiro. Os resultados bioestratigráficos obtidos através do estudo de ostracodes não marinhos na Bacia do Recôncavo foram determinantes na caracterização cronoestratigráfica do Mesozoico das bacias brasileiras. Além da idade, o reconhecimento dos andares locais da Série Bahia tem permitido correlações estratigráficas e faunísticas em diversas bacias interiores do Brasil. Neste contexto, o presente trabalho objetivou a análise de ostracodes não marinhos dos Andares Rio da Serra (Berriasiano–Hauteriviano) e Aratu (Hauteriviano–Barremiano), recuperados da Formação Maracangalha, Bacia do Recôncavo. A metodologia de preparação de amostras seguiu os procedimentos usuais para recuperação de microfósseis carbonáticos em folhelhos e siltitos ao longo dos perfis Gameleira e Manguinhos (Ilha de Itaparica) e Praia da Falha (Ilha dos Frades) Baía de Todos os Santos. Foram realizadas sessões de Microscopia Eletrônica de Varredura e Espectrometria de Energia Dispersiva, de modo a detalhar elementos morfológicos das carapaças, bem como o hábito mineral das piritas e a identificação pontual de elementos químicos nas carapaças dos ostracodes. No material analisado, foram identificadas sete espécies do gênero Cypridea Bosquet, 1852; duas espécies de Reconcavona Krömmelbein, 1962; três espécies de Ilhasina Krömmelbein, 1963; uma espécie de Candona Baird, 1945; uma espécie de Brasacypris Krömmelbein, 1965 e uma espécie do gênero Alicenula Rossetti & Martens, 1998. A associação de ostracodes encontrada foi interpretada como típica de ambiente lacustre. O posicionamento biocronoestratigráfico no Andar Rio da Serra (Berriasiano–Valanginiano), subzona RT-004.2, foi possível pela presença da espécie-guia Reconcavona? polita Viana, 1966, no afloramento Manguinhos. No afloramento Praia da Falha, a associação faunística permitiu inferir sua idade entre os andares Rio da Serra e Aratu (Valanginiano–Hauteriviano), através do registro das espécies Ilhasina amphotera e Cypridea lunula. No afloramento Gameleira, as interpretações de idade foram inconclusivas, devido à raridade e preservação da assembleia microfossílífera. O padrão de preservação das carapaças de ostracodes variou conforme a mudança de fácies sedimentares, o que implicou em ostracodes com substituição total ou parcial da carapaça por pirita. Os resultados das análises de EDS indicaram a presença de Fe e S corroborando mineralização por sulfeto de ferro. As imagens de MEV revelaram o hábito euédrico e framboidal das piritas nas carapaças, que indicam condições de diagênese precoce e baixas profundidades de soterramento.

 

Palavras-chave: Ostracoda; taxonomia; piritização; Andar Rio da Serra; Andar Aratu.