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GT da Andifes discute retorno à presencialidade em instituições federais de Ensino Superior

Encontro contou com a participação, por meio de videoconferência, das reitoras da UFRJ, UFCSPA e UFSB

As experiências da retomada presencial em instituições federais de Ensino Superior foram o foco da reunião de ontem (4) do Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Covid-19 (GT Covid-19) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O encontro contou com a participação, por meio de videoconferência, das reitoras Denise Pires de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Lucia Campos Pellanda, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); e Joana Guimarães, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). As professoras representaram o GT da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que vem acompanhando o retorno seguro à presencialidade.

Professora do Instituto de Biofísica da UFRJ, Denise Pires de Carvalho destacou que os requisitos epidemiológicos para a volta às atividades presenciais são a vacinação e a prevenção da transmissão respiratória por meio de máscaras, cujo uso continua sendo exigido dentro dos prédios da universidade carioca. De acordo com o levantamento feito pela Andifes com 53 instituições, a maioria está solicitando passaporte vacinal para entrada. “Já passamos da fase de achar que a terceira dose é só um reforço. Ela faz parte do esquema vacinal completo”, afirmou. Ela falou sobre a atual onda decrescente da covid-19 no Brasil, mas ressaltou que todos os cuidados precisam continuar. A UFRJ realizou ontem (4) sua aula magna presencial, com exigência do uso de máscaras.

Para Lucia Campos Pellanda, professora do Departamento de Saúde Coletiva da UFCSPA, o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados em municípios como o Rio de Janeiro foi precoce. Ela explicou que a universidade gaúcha, focada na área de saúde, não passou por nenhum surto da doença devido a um monitoramento constante, que será mantido. “A gente está voltando não porque a pandemia acabou, mas porque aprendemos muito com ela”, explicou. Ela falou sobre sua preocupação com novas variantes, com diferenças regionais nos níveis de vacinação e com sintomas da covid longa. “O nome – seja endemia, epidemia ou pandemia – não muda a gravidade da doença e não devemos desprezá-la”, defendeu.

“Temos um grande percentual de população vacinada, graças ao nosso Sistema Único de Saúde”, disse a professora Joana Guimarães, que foi vice-presidente da Andifes em 2020 e 2021. “A grande questão é que há muita gente pelo mundo afora que não está vacinada”, lembrou, frisando a importância de voltar presencialmente neste momento, mas com todos os cuidados. “Não sabemos o que está acontecendo no resto do mundo em termos de variantes e ainda estamos engatinhando em uma série de questões.” 

O reitor da UFPE, professor Alfredo Gomes, elogiou a postura das três reitoras contra todas as formas de negacionismo e destacou o trabalho de grupos como o da Andifes. “O GT tem sido muito importante para as decisões que a UFPE tem tomado”, disse.

GT - O GT da Andifes trabalhou acerca das experiências exitosas das universidades federais durante a pandemia da covid-19, contemplando 53 instituições brasileiras de Ensino Superior. Em seu trabalho, tem destacado as principais ações desenvolvidas e sugestões para retomadas presenciais seguras. A atuação do GT da Andifes, com levantamento substanciado de ações concretas, reitera o papel estratégico das universidades federais, a adaptação para garantir a oferta do ensino e o exercício solidário na pesquisa e na extensão. São 18 os principais eixos de ações e iniciativas das universidades que o GT da Andifes reuniu em um documento, que pode ser consultado em seu site. 

Data da última modificação: 06/04/2022, 15:11