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Especialista do HC alerta para manutenção das medidas de segurança mesmo após a vacina contra a Covid-19

Medidas como o uso de máscara, o distanciamento físico e a higienização constante das mãos não podem ser abandonadas

As estatísticas mostram que a vacina contra a Covid-19 reduziu o número de mortes e de internamentos provocados pela doença nas pessoas dos grupos prioritários que receberam as duas doses do imunizante. Esses dados esperançosos, no entanto, não podem causar a falsa sensação de que os cuidados para evitar a disseminação do novo coronavírus devem ser abandonados. Eles precisam ser levados a sério, segundo o médico infectologista Paulo Sérgio Ramos, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) do Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

As vacinas funcionam e são eficazes, porém quanto mais o vírus estiver circulando, maior será a possibilidade de o imunizante não apresentar o efeito esperado. Por isso, mesmo após a segunda dose, medidas como o uso de máscara, o distanciamento físico e a higienização constante das mãos não podem ser abandonadas. Elas impactam para a redução da circulação do vírus. “Alguns indivíduos mesmo vacinados poderão apresentar quadros leves ou mesmo com poucos sintomas ou sem sintomas e, por isso, precisam adotar as medidas de segurança para proteger as pessoas dos grupos de risco, como os idosos e portadores de comorbidades”, explica o infectologista Paulo Sérgio Ramos.

As vacinas têm dois objetivos: diminuir o número de hospitalizações, no caso da infecção contra a Covid-19, assim como diminuir o número de óbitos, o que tem acontecido na população mais idosa, que está sendo vacinada. “É muito importante as pessoas terem a consciência de, ao fazer o agendamento, comparecer ao local de vacinação, assim como também lembrar de tomar a segunda dose nos intervalos determinados pelo Ministério da Saúde porque só com duas doses o indivíduo estará protegido contra as formas graves da Covid-19”, salienta o especialista, que também é professor do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE.

Paulo Sérgio acredita que até o fim do ano, após a análise dos estudos, as vacinas estarão liberadas para os jovens abaixo de 18 anos, medida importante para atingir a imunidade de rebanho. “Segundo dados do IBGE, cerca de 25% da população brasileira tem menos de 18 anos e vamos precisar vacinar mais de 80% dos brasileiros para atingir a imunização de rebanho. Até lá, as pessoas mais jovens precisam adotar as medidas de segurança e evitar comportamentos de risco para diminuir o número de internamentos e óbitos”, completa.

Data da última modificação: 10/05/2021, 18:55