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Uso medicinal da cannabis é o assunto do Giro Nordeste hoje (2)

O programa veiculado pela TVU (canal 11.1), às 17h, fala sobre a assertividade da utilização da cannabis nos efeitos de doenças degenerativas como Parkinson e ELA

Nesta semana, o convidado do Giro Nordeste é o neurologista e professor universitário Antônio de Souza Andrade Filho, um dos especialistas mais requisitados quando o tema é o uso terapêutico de produtos derivados da planta Cannabis sativa, mais conhecida como maconha. Veiculado na TVU (canal 11.1), o Giro Nordeste é produzido pela TVE Bahia e conta com a participação remota de comunicadores de emissoras públicas de rádio e televisão da Região Nordeste. O programa é exibido sempre às sextas-feiras, excepcionalmente às 17h durante o período de veiculação do guia eleitoral.

Presidente da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia – Instituto do Cérebro, que fica em Salvador, na Bahia, Andrade discute sobre a eficácia de medicamentos feito à base da planta no tratamento de doenças variadas, desde epilepsia e cefaleia; passando por doenças degenerativas do sistema nervoso, como esclerose lateral amiotrófica (ELA) e Parkinson; até câncer.

Na entrevista, o professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) fala sobre os benefícios da utilização do medicamento para a qualidade de vida de pacientes com sintomas prolongados. “Se você olhar o absenteísmo nos funcionários pós-covid, na síndrome covid longa, é uma imensidão. Quando você usa o canabis, você tira a dor de cabeça, melhora o esquecimento, melhora o tremor leve, tira a sua angústia, tira a sua depressão, tira a ansiedade, o medo”, relata o médico. Já quanto ao emprego da canabis de forma recreativa, Antônio Andrade é enfático: “Quanto à recreação, nós não temos ainda maturidade para liberar isso”.

De acordo com o neurologista, “canabis não tem efeito colateral, eu tenho mais de dois mil pacientes tomando, usando a medicação prescrita de canabis”. Andrade ressalta que nunca teve efeito colateral nenhum. "O que a gente precisa de um remédio é essa coisa que a Medicina lutou a vida inteira pra ter: baixo custo, efetividade no tratamento e ausência de efeito colateral. O tripé de um bom medicamento”, afirma. Sobre os países que já autorizaram o uso de medicamentos à base de cannabis, o professor diz que “o país que lidera isso é Israel”, mas cita também estudos na Holanda e na Alemanha.

Data da última modificação: 01/09/2022, 16:56