Por iniciativa do Ministério Público Federal, a UFPE recebeu a doação de, aproximadamente, 13 mil litros de álcool 92.8º que será utilizado para a retomada da produção de álcool 70% e seus derivados – álcool glicerinado e álcool gel – no âmbito das iniciativas que a Universidade vem empreendendo para o combate à disseminação da Covid-19. 

Segundo a organizadora inicial das ações, professora Beate Saegesser, já foram distribuídos 2 mil litros para o Campus Recife; 1 mil litros para o Centro Acadêmico de Vitória (CAV); e 1 mil litros para o Centro Acadêmico do Agreste (CAA). “Aqui em Recife, no Departamento de Ciências Farmacêuticas, processamos este volume para 2.600 litros, aproximadamente, e já conseguimos distribuir 90% dele dentro do campus, para vários departamentos e centros, bem como órgãos do campus”, explica.

No Centro Acadêmico do Agreste da UFPE (CAA), a produção foi retomada por meio do Laboratório de Química (LQ). No Agreste, o projeto de produção de álcool a 70% teve início em maio de 2020, como ação de extensão, e já atendeu mais de mil pessoas em diversos municípios do Agreste pernambucano. A produção do antisséptico é realizada pela equipe de técnicos do Laboratório de Química – atualmente coordenado pela professora Érika Marinho, sob a supervisão de professores pesquisadores, com a participação de estudantes e com a anuência da Vigilância Sanitária Municipal de Caruaru.

O vice-diretor do CAA e coordenador do projeto, professor Gilson Lima, enfatiza a importância da continuidade desse trabalho, a fim de minimizar o impacto da pandemia, “principalmente para atendimento das demandas do Campus do Agreste na retomada das aulas práticas e realização das pesquisas nos laboratórios, como também para apoio aos profissionais de saúde do Agreste que atuam na linha de frente do combate à Covid-19”.

VOLUNTARIADO – Grande parte da força de trabalho mobilizada para recebimento, acondicionamento, entrega e distribuição do álcool 70% produzido na UFPE é composta por voluntários e voluntárias. “Associamos esta ação também a uma ação extensionista, demonstrando ao estudante e/ou técnico a necessidade de conversar dialogicamente com o responsável pelo recebimento da ação, sobre a importância do ato de desinfecção da pele e de superfícies, transmitindo conhecimento de como o álcool a 70% de concentração, atua neste momento”, explica Beate.

Todas as etapas estão sendo monitoradas durante toda a ação pelos docentes responsáveis, de forma a garantir não somente a produção dos saneantes de forma correta, mas também garantir que os estudantes/técnicos participantes contemplem a promoção da reflexão ética e aprofundada quanto à dimensão social da ação e sua importância como atuação cidadã. 

Ela adianta que, ainda neste mês, a UFPE estará recebendo estagiários do curso técnico em Química do IFPE, uma instituição parceira. “E, num futuro próximo, estaremos transformando este ambiente num local de ensino/estágio para discente de diversos cursos relacionados à produção de saneantes, além do desenvolvimento de estudos para novos insumos saneantes contendo insumos regionais estratégicos, fortalecendo também a inovação”, afirma.