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Pós-Graduação em Química da UFPE realiza colóquio “Empreendedorismo Científico”
O evento acontece, amanhã (3), às 15h, no Auditório Professor Benício de Barros Neto, do Departamento de Química Fundamental (DQF), Campus Recife
O Programa de Pós-Graduação em Química da UFPE realiza o colóquio “Empreendedorismo Científico”, a ser ministrado pelo professor Carlos Cesar Bof Bufon, coordenador-geral da Rede SibratecNano – Finep/MCTI. O evento acontece, amanhã (3), às 15h, no Auditório Professor Benício de Barros Neto, do Departamento de Química Fundamental (DQF), Campus Recife.
Resumo
Uma pesquisa do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos(CGEE), organização social supervisionada pelo MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), aponta uma queda no número de mestres e doutores recém-formados inseridos no mercado de trabalho formal. De acordo com o documento publicado em 2020, a taxa de desemprego para mestres subiu de 33% em 2009 para 38% em 2017, enquanto a taxa para doutores passou de 25% para 28% no mesmo período. Vale notar que esses dados refletem uma realidade anterior ao período da pandemia da covid-19. Outro dado interessante da pesquisa mostra que entre aqueles que foram inseridos no mercado de trabalho formal, cerca de 75% dos mestres e 94% dos doutores estão distribuídos nas instituições brasileiras de ensino e na administração pública. É surpreendente verificar que apenas 4,2% dos mestres e 1,3% de doutores contribuem, de fato, com a indústria de transformação. Além do preocupante aumento da taxa de desemprego entre os pós-graduados, nos surpreende a baixa inserção dessa mão de obra, extremamente qualificada, em setores importantes da economia do país.
Os fatores que nos trouxeram até este quadro situacional são inúmeros, porém não está no escopo deste trabalho discuti-los. Mas poderíamos nos atrever a fomentar a discussão, sem a pretensão de exauri-la, que dentre as formas de promover mudanças nesse cenário está a criação de pontes entre a bancada de nossos laboratórios e a realidade tácita das demandas do mercado. Neste contexto, nasce a figura do cientista empreendedor (Sciencetrepeneur), imbuído de um espírito capaz de desenvolver negócios de base científica. Este não é um novo tipo de cientista, tampouco um novo tipo de empreendedor. Trata-se de um perfil diferenciado, com um conjunto de habilidades que o torna capaz de transformar ideias “abstratas” em produtos, processos e serviços, que geram negócios e efeitos relevantes na sociedade.
Neste seminário, vamos explorar um pouco o conceito de empreendedorismo científico e discutir as possibilidades de como pós-graduandos brasileiros podem desenvolver suas habilidades durante o processo de formação na universidade, tanto para melhor contextualizar suas pesquisas, como na direção de se tornarem os geradores dos seus próprios postos de trabalhos através da pesquisa, desenvolvimento e inovação, e ainda, potencializar soluções de impacto em seu próprio contexto social.
Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Química da UFPE
pgquimica@ufpe.br