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Professora da UFPE é uma das 15 homenageadas com o Prêmio Capes-Elsevier 2024

Premiação será entregue hoje (6) em cerimônia na sede da Capes, em Brasília

A professora Tatiana Baptista Gibertoni, do Departamento de Micologia (DMic), vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos (PPGBF) e vice-curadora do Herbário URM Padre Camille Torrend, do Centro de Biociências (CB), da UFPE, é uma das vencedoras do Prêmio Capes-Elsevier 2024, que será entregue hoje (6), na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília. Tatiana Gibertoni é uma das 15 pesquisadoras brasileiras reconhecidas pela relevância de suas contribuições científicas nas respectivas áreas de atuação entre 2019 e 2023, destacando-se na categoria de Ciências Exatas para a região Nordeste.

A cerimônia de premiação será promovida pela Capes e pela Elsevier – empresa editorial holandesa especializada em conteúdo científico, técnico e médico. O prêmio consagra o trabalho de pesquisadoras de todas as regiões do país em diversas áreas do conhecimento. Na edição deste ano, as candidatas foram avaliadas por meio do índice de citações ponderadas, um indicador que mensura o impacto das publicações acadêmicas com base em comparações com outras do mesmo tipo e área, considerando o número de citações e o ano de publicação. Esse indicador foi extraído da plataforma SciVal, ferramenta de métricas da Elsevier que se atualizou pela última vez em setembro de 2024. Além do indicador, foi analisado o número mínimo de cinco publicações na disciplina indicada nos últimos cinco anos (2019-2023).

Tatiana Gibertoni representa a Região Nordeste ao lado das pesquisadoras Nicole Leite Galvão-Coelho, premiada na área Médica, e Fernanda X. Palhano-Fontes, da área de Humanas. Destaca-se também Josiane Santana Monteiro, que receberá o prêmio das Exatas, pela Região Norte, mas que é egressa do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos (PPGBF), do Centro de Biociências da UFPE. As pesquisadoras homenageadas, selecionadas a partir de um rigoroso critério de impacto científico, refletem o avanço da ciência no Brasil e a representatividade feminina no campo acadêmico. Segundo o relatório da Elsevier de 2024 sobre igualdade de gênero na pesquisa (“Progress Toward Gender Equality in Research & Innovation – 2024”), o Brasil ocupa o terceiro lugar global em participação feminina na pesquisa, atrás apenas da Argentina e de Portugal. O percentual de mulheres entre os autores de publicações científicas no país passou de 38%, para 49%, em 2022.

“Qualquer reconhecimento no Brasil, ou no mundo, premia, coroa, o trabalho que a gente tem, principalmente para nós, mulheres, pois muitas têm jornada dupla e tripla, então isso torna o cumprimento de metas ainda mais difícil. E as metas são desumanas, as métricas atingidas mostradas pelo Scival foram com muito sacrifício pra mim, e com ainda maior para muitas. Então, acho que o prêmio é um reconhecimento importante para muitas mulheres cientistas, e um incentivo para todas as outras, pois fazer ciência no Brasil é muito difícil, temos que vencer vários obstáculos: falta de financiamento, falta de infraestrutura, burocracia demasiada, metas desumanas a serem atingidas. Isso prejudica demais a nossa saúde física, mental, profissional, às vezes a gente acaba passando essas dificuldades pros estudantes, que também acabam pressionados. Mas, agradeço aos órgãos de fomento como a Capes, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aos auxílios da UFPE e principalmente à Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), dentre outros, que, quando aprovamos projetos nos permitem publicar, produzir dados e bater metas”, afirma a professora Tatiana Gibertoni.

Além de promover visibilidade ao trabalho de mulheres na ciência, o prêmio visa discutir questões de gênero e diversidade no cenário acadêmico. Os infográficos e resultados do relatório de gênero da Elsevier estarão disponíveis para consulta neste link e serão abordados durante a premiação, destacando o papel crescente das mulheres no desenvolvimento científico.

A Elsevier e a Capes, instituições de grande relevância no cenário acadêmico mundial e nacional, valorizam a colaboração com cientistas e pesquisadores, disponibilizando acesso a conteúdos de alta qualidade e ferramentas para o desenvolvimento da ciência e educação. Entre esses serviços, o Portal de Periódicos da Capes se destaca como um dos maiores acervos científicos digitais do mundo, acessível a professores e pesquisadores das instituições de ensino superior no Brasil, com mais de 40 mil títulos de texto completo, bases de dados referenciais e outros recursos acadêmicos de acesso livre.

Tatiana Baptista Gibertoni e as demais premiadas têm contribuído de maneira significativa para o avanço da pesquisa científica e a expansão do conhecimento em suas áreas, representando a excelência acadêmica e o potencial inovador do Brasil. Para ela, a premiação representa um reconhecimento ao esforço e à dedicação na produção de conhecimento científico no Nordeste, refletindo os impactos positivos das pesquisas desenvolvidas na UFPE e no país.

Data da última modificação: 06/11/2024, 14:42

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