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HC vai realizar mutirão de cirurgias bariátricas e ações educativas sobre a obesidade em março

O mutirão vai operar 14 pacientes do HC e seis do Hospital Agamenon Magalhães (HAM)

O Hospital das Clínicas da UFPE e mais quatro hospitais do Recife promovem Mutirão de Cirurgias Bariátricas para operar 20 pacientes do SUS com obesidade severa, ou grau 2 (pessoas com Índice de Massa Corporal acima de 35 kg/m² e alguma comorbidade, como diabetes, hipertensão, etc.), nos dias 4 e 5 de março. Referência nacional na especialidade e único hospital do Brasil a ter um programa de Residência Médica em Cirurgia Bariátrica, o HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O mutirão vai operar 14 pacientes do HC e seis do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) e contará com a participação do Real Hospital Português, do Esperança, do Santa Joana e do próprio HAM, bem como terá o apoio da empresa Covidien/Medtronic, que fornecerá os kits cirúrgicos. “Além de beneficiar esses pacientes, o mutirão tem como objetivo chamar a atenção para a necessidade de aumentar a quantidade de cirurgias bariátricas no SUS. Atualmente, o SUS opera o equivalente a 0,3% de toda a população com obesidade severa no Brasil, que é cerca de 5 milhões de pessoas com indicação para a cirurgia bariátrica”, explica o supervisor da Área Assistencial de Cirurgia Geral do HC e professor do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE, Álvaro Ferraz.

O evento marcará o Dia Mundial da Obesidade, celebrado no dia 4, que terá ainda ações socioeducativas no HC voltadas aos usuários e pessoas acompanhadas pelo Programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade do HC, além de um curso de aperfeiçoamento sobre Obesidade Grave voltado aos profissionais da Atenção Básica. “O tratamento da obesidade e da Síndrome Metabólica começa na prevenção e tem na cirurgia bariátrica e na abordagem multidisciplinar a melhor forma de tratamento para os casos mais graves”, salienta o coordenador da Residência de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e professor do CCM, Flávio Kreimer.  

Álvaro Ferraz explica ainda que as cirurgias do mutirão serão realizadas por videolaparoscopia, um procedimento mais moderno e minimamente invasivo, portanto com menor risco de infecções e tempo de recuperação mais rápido. “Esse tipo de cirurgia responde por apenas 4% das cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS, enquanto os outros 96% são da clássica (aberta), que trazem mais riscos ao paciente. Esse tipo de cirurgia bariátrica custa cerca de R$ 20 mil, mas a tabela SUS só paga R$ 6 mil ao hospital”, afirma o especialista.  

Além da obesidade severa, esses pacientes já pré-selecionados para o mutirão passaram por um programa de preparação para a cirurgia, realizado por uma equipe multidisciplinar do HC formada por nutricionistas, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e profissionais de educação física.

“O Programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade do HC desenvolve desde 1997 a assistência às pessoas acometidas pela obesidade em suas formas mais graves, já que a cirurgia é reconhecidamente a medida mais eficaz para controle e manutenção da perda do excesso de peso e controle de comorbidades nesse grupo”, ressalta a assistente social, Renata Severo.

Programação do Dia Mundial da Obesidade no HC

Dias 4 e 5/3 - Mutirão de Cirurgias Bariátricas

Dias 4 e 7/3 – Ação Socioeducativa na Portaria 1 (4/3) e na Portaria 4 (7/3): Distribuição de folhetos, exibição de vídeos informativos e abordagem dos usuários com a participação do Serviço de Promoção em Saúde e Qualidade de Vida

Dia 9/3 – Reunião on-line às 10h, a ser realizada pela equipe multiprofissional do programa, em que serão divulgadas informações para pacientes e/ou interessados em saber sobre o tratamento da obesidade e acesso a cirurgia bariátrica no HC (o link com data e o horário será divulgado no ambulatório de cirurgia geral)

Dia 30/3 - Curso sobre Obesidade Grave, estigmas e formas de enfrentamento

Data da última modificação: 23/02/2022, 17:12