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Professores e técnico administrativo da UFPE participam de filme-ópera sobre o frevo de Levino Ferreira

Filme será lançado na quarta-feira (30) no YouTube e contou com recursos da Lei Aldir Blanc

O filme-ópera “Último dia”, curta-metragem de 12 minutos inspirado no compositor de frevo Levino Ferreira, será lançado no YouTube nesta quarta-feira (30), às 20h. Os professores do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Antônio Barreto (percussão) e Virgínia Cavalcanti (canto lírico) participam da obra, assim como o assistente administrativo do mesmo departamento Manassés Bispo, que faz a direção de produção. 

Dirigido por Armando Lôbo, o filme é realizado pela CO.MO (Companhia de Micro-Óperas), com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco. O evento de lançamento vai contar com entrevistas com o elenco. Amanhã (29), às 20h, haverá um bate-papo com Armando Lôbo e o maestro Lanfranco Marcelletti, com mediação do jornalista, crítico musical e escritor Carlos Eduardo Amaral.

De acordo com os realizadores, a obra de 12 minutos é livremente inspirada em um lendário episódio envolvendo um dos maiores compositores pernambucanos de frevo, Levino Ferreira, fazendo referência a um nebuloso e mistificado episódio de catalepsia na biografia do compositor, também chamado de “Mestre Vivo”. De formato bastante multifacetado, unindo teatro, cinema, poesia, performance, música e dança, o filme-ópera também faz referências a Nelson Rodrigues, Freud, Bakhtin, Bergman e Antero de Quental. Quanto à estética sonora, a música da ópera tem características bastante plurais, estabelecendo um diálogo entre técnicas eruditas contemporâneas (instrumentais e eletroacústicas) e a musicalidade popular nordestina, especialmente fazendo referências a frevos de Levino Ferreira.

Com música, roteiro/libreto, mixagem, edição e direção do próprio Armando Lôbo, a produção tem todo seu elenco baseado em Recife, destacando a presença do personagem do Zé Pereira, coreografado por Marcelo Sena, e que guarda uma semelhança proposital com a figura da morte, conforme retratada por Ingmar Bergman no clássico “O Sétimo Selo”. 

O artista pernambucano Walmir Chagas (famoso pelo seu alter-ego “Véio Mangaba”) interpreta Levino Ferreira, e as carpideiras são vividas pelas cantoras líricas Natália Duarte, Virgínia Cavalcanti e Surama Ramos. No enredo, três carpideiras, em um mundo paralelo, cantam e choram a morte de um mestre de cultura popular, produzindo um surpreendente efeito catártico, resultando no despertar do defunto, que em verdade sofrera uma crise cataléptica.

Ficha técnica

Armando Lôbo: música, roteiro/libreto, mixagem, edição e direção.
Natália Duarte: soprano
Virginia Cavalcanti: mezzo
Surama Ramos: contralto
Antonio Barreto: percussão
Daniel Silva: violoncelo
Henrique Albino: flauta e sax
Walmir Chagas: ator
Marcelo Sena: coreógrafo / dançarino
Direção de arte: Ana Santiago e Armando Lôbo
Direção de fotografia: Raphael Malta Clasen
Iluminação: Luciana Raposo
Produção Executiva: Liliane Vieira dos Santos
Assistente de Produção: Rubia Vieira
Direção de Produção: Manassés Bispo
Assessoria de Imprensa: Cezanne Comunicação
Programação visual e mídia social: Victor Luiz (Araras Cultura / Arte)

Data da última modificação: 28/06/2021, 17:07