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HC comemora a alta da paciente Darlem Soares, que já voltou para Manaus

A manauara chegou ao HC no dia 23 de janeiro, permanecendo até o dia 31 na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias do hospital-escola

Este é o último perfil da série de reportagens com os pacientes transferidos de Manaus com Covid-19 para o Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Hoje (23), é a vez da trajetória da manauara Darlem Soares, 31 anos, que já teve alta hospitalar e, assim, realizou seus desejos: vencer a Covid, rever a família e comer o peixe assado de sua terra natal. Ela é grata ao HC-UFPE por todo o acolhimento que a ajudou no enfrentamento da doença e no retorno ao seu lar.

Comer o peixe tambaqui assado nunca teve um gosto tão especial. Um sabor de terra natal, de aconchego e de vitória. Foi essa a sensação, pelo menos, que a auxiliar de serviços gerais Darlem Soares, 31 anos, teve ao chegar em casa e saborear esse seu prato favorito, comemorando com a família o retorno ao Amazonas e a cura da Covid-19. Darlem foi uma das pacientes transferidas de Manaus com Covid-19 para tratamento no Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, e conseguiu vencer a doença – tendo alta hospitalar em 31 de janeiro, nove dias após o internamento na Enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias do hospital-escola, no Recife.

“Assim que soube teria alta, meu desejo era poder abraçar minha família e saborear o tambaqui. Você já experimentou? É uma delícia”, disse animada. Desejo este que foi realizado com a sua família. Darlem é casada e mãe de três filhos, dois rapazes (de 14 e 17 anos) e uma menina (10 anos) e está curada, respirando o ar ambiente.

SINTOMAS – Mas até chegar a este momento, o caminho foi longo. Ela passou quase um mês sofrendo devido à doença, sem conseguir respirar de maneira natural. Darlem conta que adoeceu na primeira semana em que começou a trabalhar como auxiliar de serviços gerais, no início de janeiro. “Eu estava tossindo muito, tinha dores no peito e nas costas, dores de cabeça, além de ter perdido o olfato e paladar. Quando eu procurei ajuda médica foi porque eu já não aguentava mais, estava sem força e muito cansada”, relembrou.

Logo quando começaram os sintomas do novo coronavírus, ela passou por duas Unidades Básicas de Saúde que orientaram que ela retornasse para sua casa. No dia 19 de janeiro, devido à piora do seu quadro de saúde, ela decidiu ir a um pronto-socorro. Chegando lá, foi orientada a procurar outro local para atendimento, porém durante a sua saída da unidade, ela passou mal no estacionamento, desmaiou e precisou ser internada de imediato, respirando apenas com auxílio de cilindro de oxigênio.

Após quatro dias internação, Darlem recebeu a proposta de viajar ao Recife com o objetivo de ter um atendimento melhor – uma vez que, em breve, também faltaria oxigênio na unidade. “No primeiro momento, minha mãe não queria que eu viesse, mas meus outros parentes entraram em acordo e acharam que era melhor que eu fosse tratada em outra cidade. Eu fiquei muito nervosa e com bastante medo, mas graças a Deus deu tudo certo”, conta.

No dia 23 de janeiro, ela acabou sendo transferida para o HC, chegando no hospital universitário por volta das 23h. Ficou internada na enfermaria de DIP até o dia 31 do mesmo mês, data que marca a sua alta hospitalar e o retorno para casa.

Já curada e cercada pelo carinho da sua família, Darlem deixou uma mensagem para todos os profissionais que cuidaram dela no HC. “Quero agradecer a equipe que cuidou tão bem de mim nesse hospital. Fui recebida de braços abertos, fui muito bem amparada e tratada. Vocês são pessoas maravilhosas e eu agradeço por tudo o que fizeram por mim”, falou emocionada.

Data da última modificação: 23/02/2021, 16:55