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Artigo de doutoranda da UFPE sobre produção catalítica de hidrogênio é publicado em revista Qualis A1

O artigo é fruto do mestrado de Maria Alaíde, com orientação da professora Joanna Elzbieta Kulesza e coorientação do professor Bráulio Barros

Artigo sobre produção de hidrogênio utilizando redes metalorgânicas como catalisadores, da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQuímica) da UFPE Maria Alaíde de Oliveira, foi publicado na revista Applied Surface Science, classificada como Qualis A1 pela Capes. A pesquisa de Maria Alaíde ajudará no desenvolvimento de novos catalisadores para facilitar a produção de hidrogênio, via hidrólise, de pequenas moléculas químicas.

As MOFs (da sigla em inglês) são materiais cristalinos, porosos, que possuem estrutura definida. Seu uso na catálise já é conhecido, mas ainda não havia nenhum trabalho utilizando MOFs de baixo custo baseados em metais não nobres, a exemplo de cobalto e ferro, para a produção de hidrogênio via desidrogenação do borohidreto de sódio. De acordo com o estudo, o uso dessas estruturas como catalisadores pode abrir portas para o desenvolvimento de novos materiais, tornando o processo de produção de hidrogênio mais fácil e econômico.

Para o estudo, as MOFs foram obtidas a partir de uma metodologia simples e prática, com resultados de produção de hidrogênio comparáveis a outros catalisadores com metais nobres. “O grande x da questão é a utilização de catalisadores baratos, versáteis e com alta atividade catalítica no processo de produção de hidrogênio”, explica Maria Alaíde. “Daí a importância da utilização das MOFs, que possuem todas as características importantes de um bom catalisador, e podem ser sintetizadas por vias baratas e relativamente fáceis”, explica a doutoranda, que integra o grupo de pesquisa Materiais Multifuncionais e Supramoleculares (SupraMMat) do PPGQuímica.

Atualmente na Polônia, onde vem dando continuidade à pesquisa sobre novos catalisadores para a produção de hidrogênio, Maria Alaíde foi uma das três pessoas vencedoras do Prêmio Daniel Fahrenheit de bolsas para estudantes estrangeiros, do consórcio de universidades Fahrenheit. De acordo com a pesquisadora, países do mundo todo estão investindo em tecnologia para a produção de hidrogênio com a finalidade de obter energia mais limpa.

O artigo publicado na Applied Surface Science é fruto do trabalho de conclusão de mestrado de Maria Alaíde no PPGQuímica, com orientação da professora Joanna Elzbieta Kulesza e coorientação do professor Bráulio Silva Barros, ambos também coautores do artigo. O prêmio Daniel Fahrenheit de bolsas de estudos foi criado pela prefeitura de Gdansk, na Polônia, em conjunto com a Fahrenheit Universities, união formada pelas três universidades locais. Maria Alaíde ficou em segundo lugar entre os três selecionados do mundo inteiro para participar do programa.

Data da última modificação: 17/05/2023, 14:20