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Tese realiza estudos ambientais, caracterização sedimentológica e batimetria do trecho urbano do Rio Parnaíba

Ela foi orientada por Valdir do Amaral Vaz Manso e coorientada por Iracilde Maria de Moura Fé Lima (UFPI)

O Programa de Pós-Graduação em Geociências da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realiza amanhã (31), às 14h, a defesa da tese “Estudos ambientais, caracterização sedimentológica e batimetria do trecho urbano do Rio Parnaíba, em Teresina, Piauí, Brasil”, de Sidineyde Costa. Será na sala 3 do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, no Departamento de Oceanografia do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG).

Ela foi orientada por Valdir do Amaral Vaz Manso e coorientada por Iracilde Maria de Moura Fé Lima (UFPI). A banca examinadora será composta pelo orientador e pelos docentes Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (UFPE), José Diniz Madruga Filho (UFPE), Rochana Campos de Andrade Lima Santos (Ufal) e George Satander Sá Freire (UFC). Confira abaixo o resumo.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo caracterizar a geologia regional e local, especificamente no trecho urbano de Teresina, o grau de vulnerabilidade ambiental, a sedimentologia e a descrição batimétrica do Rio Parnaíba. Tendo em vista que a morfologia deste rio está em constante transformação por estar submetido aos agentes modificadores internos e externos com destaque para os impactos antrópicos, utilizou-se a seguinte metodologia: levantamento e análise do material geocartográfico e bibliográfico; trabalhos de observação de campo, com coleta de material para análise sedimentológica e de informações da batimetria do canal; de vulnerabilidade ambiental; análises laboratoriais, realizando ensaios físico-químico e microbiológico da água bruta e dos esgotos e granulometria dos sedimentos. Os resultados evidenciaram o grau de vulnerabilidade provocado pelo uso da Área de Preservação Permanente - APP, constatando média vulnerabilidade nos setores Sul e Norte II, com baixo perigo estimado e baixo risco ambiental; e alta vulnerabilidade nos setores Centro e Norte I. O setor Centro foi classificado como área de médio perigo e risco, sendo o Norte I considerado uma área de baixo perigo e risco ambiental. Nos parâmetros físico-químicos da água em 2015 e 2016, verificou-se que a Demanda Bioquímica de Oxigênio e o teor de Ferro estão acima do limite aceitável. Enquanto as análises em 2018 evidenciaram que os demais parâmetros estudados encontram-se com valores aceitáveis conforme a Resolução CONAMA 357/05 e que todas as amostras de água encontravam-se contaminadas por Coliformes Totais e Termotolerantes. Já os efluentes que caiam diretamente no rio não provocavam danos às suas águas, segundo a Resolução CONAMA 430/11. As características de sedimentologia demonstraram a predominância da fração areia, com destaque para areia muito fina, ressaltando o quartzo como principal composição mineralógica, e minerais pesados como constituinte secundário. Na análise da batimetria verificou-se um canal com largura e profundidade diferenciada. Com o presente trabalho, pôde-se concluir que o trecho do rio estudado se configura entre médio e alta vulnerabilidade, com baixo perigo estimado a inundações, com apenas um setor do canal apresentando médio perigo. A estimativa de risco de alargamento do canal e da obstrução da passagem da água, se configura com baixo índice, sendo o setor Centro uma área de médio risco. O valor encontrado para o Índice Geral de Qualidade da Água (IQA), em 2015 e 2016, evidenciou qualidade razoável e boa. Na distribuição dos depósitos aluviais, identificou-se de quatorze (14) bancos de areia em 2017, ora móveis, ora fixos. As características sedimentares do canal do rio apresenta-se fracionada em cascalhos, areia e lama com predomínio da granulometria arenosa. As seções batimétricas destacaram o trecho mais estreito do rio no setor centro e o mais largo no final do setor Norte. A menor e a maior profundidade verificadas foram: -0,01 e -13,0666 metros, respectivamente, situadas no final do setor Norte a jusante da direção do fluxo. Espera-se que este estudo possa subsidiar trabalhos educativos e de planejamento urbano ambiental, orientando políticas públicas de uso do solo urbano ao longo do Rio Parnaíba.

Data da última modificação: 30/01/2020, 16:32