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Tese analisa legado dos grupos indígenas que habitaram a sesmaria Jaguaribe

Defesa será no dia 20 de agosto, às 14h, no auditório do 10º andar do CFCH

A doutoranda em Arqueologia pela UFPE Rosemary Aparecida Cardoso vai defender a tese “Resistência indígena na capitania Pernambuco: estudo sobre contato através da tecnologia cerâmica na sesmaria Jaguaribe no Litoral Norte” no dia 20 de agosto, às 14h, no auditório do 10º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).  

A defesa contará com uma banca examinadora composta pelos professores Henry Socrates Lavalle Sullasi (Departamento de Arqueologia), Scott Joseph Allen (Departamento de Arqueologia), Carlos Alberto Etchevarne (Departamento de Antropologia - UFBA), Bartira Ferraz Barbosa (Departamento de História) e Marcos Antônio Gomes de Mattos de Albuquerque (Departamento de História). 

Resumo 
A presente tese tem como foco analisar as relações de contato e suas influências nas técnicas de produção cerâmica dos grupos indígenas que habitaram a Sesmaria Jaguaribe, um importante polo produtivo do período colonial localizado no litoral norte de Pernambuco, onde a mão de obra indígena foi empregada até início do século XIX. Assim, buscamos compreender se as relações estabelecidas entre os grupos autóctones e os colonizadores influenciaram o perfil técnico cerâmico indígena, e discutir se a manutenção, ou não, do perfil técnico cerâmico exemplificaria uma situação de resistência ou de submissão aos padrões coloniais. Para tanto, analisamos o acervo cerâmico de dez sítios localizados na área da Sesmaria Jaguaribe, tendo sido realizada a classificação tecnotipológica para definição dos perfis técnicos, análises arqueométricas para datação e caracterização elementar dos artefatos (fluorescência de raio X, TL e LOE), visando estabelecer há a contemporaneidade e emprego das mesmas fontes de matéria prima e o tratamento estatístico dos dados (teste de similaridade e análise de cluster através do coeficiente de Jaacard) para identificação dos índices de similaridade entre as coleções cerâmicas. De modo geral, observamos que mesmo com a introdução de novas técnicas de produção e de novos tipos de objetos advindos da cultura europeia, as oleiras mantiveram um modo próprio de produção dos vasilhames cerâmicos, demonstrando a manutenção dos mecanismos de transmissão de conhecimentos e valores compartilhados pelos grupos indígenas da região que resistiram ás pressões coloniais. Deste modo, a resistência ao projeto colonizador foi materializada através do modo de produção da cerâmica. 

Mais informações 

Programa de Pós-Graduação em Arqueologia 
arqueologiaufpe@gmail.com 

 

 

Data da última modificação: 09/08/2018, 17:11