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Pós em Arqueologia promove defesa de tese na próxima sexta-feira (20)

Defesa ocorrerá às 9h, no auditório do 10º andar do CFCH

O Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da UFPE promoverá nesta sexta-feira (20) a defesa da tese “Camboas e currais do Nordeste: a pesca tradicional em contexto etnoarqueológico”. O trabalho é de autoria de Mario Wiedemann, que a defenderá no Aditório do 10º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, às 9h. O trabalho contou com orientação de Scott Joseph Allen.

Além do orientador, a banca também será formada por Ana Catarina Peregrino Torres Ramos (Departamento de Arqueologia - UFPE), Ricardo Pinto de Medeiros (Departamento de Arqueologia - UFPE), Bartira Ferraz Barbosa (Departamento de História - UFPE), Rosane Manhães Prado (Departamento de Ciências Sociais - UERJ).

Resumo:

Camboas e currais de pesca estão presentes em diferentes contextos do litoral Nordeste e representam parte importante das atividades de subsistência de diferentes comunidades. Trata-se de estratégias antigas de interação com a paisagem. Materializadas em monumentais estruturas de pedra e de madeira, camboas e currais são resultado de interações multinaturalistas, transmitidas de geração a geração, modificadas e manuseadas periodicamente. Na Praia da Panaquatira, em São José de Ribamar, no estado Maranhão, a estrutura que vemos hoje não é unicamente, uma estrutura arqueológica. O que observamos é a materialização de um conhecimento. A Camboa é também um “artifício” de pesca, e revela-se em outros contextos do Nordeste, a partir de uma relação de conhecimento e sentido, de uma cultura da pesca. Existem há mais de 500 anos no contexto estudado e representam, portanto, comunidades pesqueiras tradicionais. Significa dizer que há uma correspondência entre tais ocupações, entre as expectativas e atitudes, impressas em uma biografia da paisagem, testemunha da relação entre assentamentos antigos e novos. O objetivo desta pesquisa, realizada através de abordagem etnoarqueológica em comunidade pesqueiras do Maranhão e do Nordeste é demonstrar uma continuidade entre conhecimentos e contextos pré-históricos com o que acontece hoje e dar subsídios à arqueologia na pesquisa de grupos catadores-pescadores-coletores. Neste contexto, tornou-se evidente que a Panaquatira é um Sítio Etnográfico, definido a partir da materialidade transitória dos artefatos e estruturas, e na materialidade do conhecimento necessário e transformado pelo pescador, que permite à arqueologia, com este conhecimento, ampliar as interpretações do sítio arqueológico Sambaqui da Panaquatira. Temos, então, muitos lugares do litoral Nordeste onde podemos identificar conhecimentos de pesca tradicionais que ainda circulam entre os membros da sociedade de catadorespescadores. Aventa-se que os sítios etnográficos permitem também prever a localização de sítios arqueológicos no litoral Nordeste.

Mais Informações
Programa de Pós Graduação em Arqueologia
E-mail: ppgarq@gmail.com
Telefone: (81) 2126-7364

Data da última modificação: 18/12/2019, 14:57