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HC marca presença com trabalho científico na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer

Trabalho avaliou sexo, idade, localidade, grau de instrução, entre outros dados dos pacientes

Uma análise sobre o perfil de 60 pacientes com algum grau de demência realizada por profissionais, residentes e estudantes do Hospital das Clínicas da UFPE está sendo apresentada na categoria pôster da Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, da última segunda-feira (26) até hoje (30), em Denver, nos Estados Unidos, e também de forma on-line pelo site da entidade organizadora. Esses pacientes são acompanhados e tratados pelo Ambulatório de Neurocognição do HC, uma parceria entre os Serviços de Neurologia e Psiquiatria do hospital-escola, que é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O trabalho “Toward a Better Characterization of Dementia in Northeast Brazil – Numbers from a Reference Center in Recife (“Rumo a uma melhor caracterização de Demência no Nordeste do Brasil – Números de um Centro de Referência no Recife”) avaliou sexo, idade, localidade, grau de instrução, entre outros dados dos pacientes. “Temos poucos estudos descritivos sobre a demência e concentrados apenas no Sul e no Sudeste do Brasil. É importante colocarmos o Recife, Pernambuco, o HC e a UFPE neste mapa da ciência mundial. Esse foi um primeiro passo para que novos estudos sejam realizados”, explica o neurologista e pesquisador responsável pelo estudo, Breno Barbosa.

Breno destaca alguns dos principais achados do trabalho científico, que contou com a participação de estudantes e residentes atuantes no ambulatório. “A maior prevalência se dá entre mulheres (63%), a idade média é de 69 anos, a média de escolaridade é de seis anos, as principais doenças diagnosticadas são Alzheimer (46%) e demências mistas (30%) e que maioria dos pacientes apresenta a demência em fase moderada ou avançada, o que mostra que as pessoas já chegam aqui (no HC) num estágio mais agravado”, ressalta.

As demências ainda não têm cura, mas sim um tratamento para os principais sintomas, como a perda gradual e progressiva da memória, confusão mental, perda da capacidade de resolver problemas e comportamento agitado, entre outros. “São doenças que trazem um alto custo financeiro para o sistema de saúde e um impacto emocional para os pacientes e familiares, por isso a importância de um trabalho multiprofissional e integrado, como o que realizamos aqui no HC entre a Neurologia e a Psiquiatria”, completa ele.

Além de Breno Barbosa, assinam o pôster os pesquisadores colaboradores Rodrigo Silva e Simone Brandão, além de Andreia Mota, Maria Eduarda Silva Lima, Julia Ramos, Ana Rita Souza, Bruno Zacarias e Bruno Ramos.

Data da última modificação: 30/07/2021, 16:48