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UFPE mantém valor das bolsas de assistência estudantil após remanejamento interno de recursos

Decisão foi informada em reunião, ocorrida na tarde desta sexta-feira (11), com representações estudantis da UFPE

As bolsas de assistência estudantil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) terão seus valores mantidos apesar do corte no orçamento do Ministério da Educação (MEC) para este ano. A manutenção acontece graças a um remanejamento interno de recursos definido pelo atual reitorado em prol dos estudantes. O anúncio foi feito, na tarde de hoje (11), pelo reitor Alfredo Gomes e pelo vice-reitor Moacyr Araújo, durante reunião on-line com representantes dos Diretórios Acadêmicos (DAs), Movimento Casa do Estudante (MCE), Diretório Central dos Estudantes (DCE) e União Nacional dos Estudantes (UNE).

“Nós temos feito estudos e realizado ajustes, e temos condições de manter todas as bolsas de assistência estudantil, incluindo as bolsas nível e o auxílio emergencial, até o mês de setembro”, assegurou o reitor Alfredo Gomes aos estudantes. Para que isso seja possível, além dos reajustes feitos em diversos setores, o reitor explicou que a gestão tem promovido o debate sobre a importância de reverter os cortes do orçamento em diversos espaços, envolvendo parlamentares do estado e de âmbito nacional, entidades científicas e dirigentes de instituições federais de ensino, entre outros.

Este ano, o orçamento discricionário da UFPE sofreu redução geral da ordem de R$ 30 milhões, que representam 18,96% em comparação com o ano passado. Assim, o orçamento da UFPE saiu dos R$ 160 milhões, em 2020, para R$ 130 milhões, em 2021. Na assistência estudantil, o corte realizado pelo Governo Federal representa R$ 7 milhões. “Voltamos a ter hoje o mesmo orçamento de 2011 e, neste valor, ainda está em vigência um bloqueio de 13,8%”, explicou o reitor Alfredo Gomes. Os valores podem ser consultados no site da UFPE.

O encontro com os estudantes também teve a participação do pró-reitor para Assuntos Estudantis, Fernando Nascimento. “A Universidade está fazendo um esforço, com sensibilidade e atenção aos estudantes, para que eles não fiquem sem as suas bolsas integrais de assistência neste momento”, disse Fernando. Ele também explicou que, embora a UFPE não planejasse cortar bolsas, sem o remanejamento interno no orçamento seria necessário reduzir o valor de alguns benefícios em 25,8% possibilidade que chegou a ser conversada com os estudantes nas reuniões rotineiras da Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes) com os representantes dos alunos.

Segundo dados do último mês de maio, a Proaes mantém 8.347 benefícios de assistência estudantil, como bolsa nível, auxílio-creche e auxílio-alimentação, com 5.449 beneficiários nos campi Recife, Caruaru e Vitória. A diferença numérica acontece porque alguns estudantes acumulam mais de um benefício.

Além disso, conforme explicou o reitor Alfredo Gomes, o compromisso da UFPE com a assistência estudantil é bem mais amplo e envolve desde a implantação de políticas de saúde e de inclusão digital à implantação de bolsas emergenciais durante a pandemia, contratação de servidores e realização de testes RT-PCR em todos os estudantes residentes nas moradias estudantis. “Nós reconhecemos a importância de vocês para a construção da universidade pública e sabemos que vocês defendem a UFPE e continuarão a defendê-la quando não estivermos mais aqui”, afirmou o reitor. Segundo Alfredo Gomes, uma das formas de recompor o orçamento é através de um Projeto de Lei que possa suplementar os recursos para as instituições federais de ensino.

Na opinião do representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), João Alves Neto, a reunião se mostrou um espaço relevante neste momento de pandemia e também de cortes no orçamento feitos pelo Governo Federal. “Essa reunião tem que servir para a gente se mobilizar como estudante, para pensarmos o que vamos fazer. Também é muito necessário que a gente faça a defesa da vacinação ampla e irrestrita dos estudantes que estão em atividades práticas”, disse João. “Essa reunião é muito importante por falar de assistência aos estudantes e de permanência na Universidade. Nossa luta é pela permanência em nossos cursos e pela conclusão dos estudos para que possamos continuar sonhando”, afirmou Manuella Mirella, da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Data da última modificação: 15/06/2021, 16:37