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Grupo de Pesquisa da UFPE participa do IX Festival Feijão de Ogum, promovido pelo Afoxé Omô Nilê Ogunjá, no próximo dia 23

O evento começa às 12h e a concentração é na sede do grupo (Rua Fernandes Belo, 202, Ibura)

Com informações da assessoria do evento

Integrantes do Grupo de Pesquisa em Educação, Políticas Públicas, Inovação e Tecnologias da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) participam, no domingo (23), do IX Festival Feijão de Ogum, que é promovido pelo Afoxé Omô Nilê Ogunjá. O evento começa às 12h e a concentração é na sede do grupo (Rua Fernandes Belo, 202, Ibura). A ocasião também marca o fim do primeiro módulo da disciplina Metodologias, Aprendizagem e a Educação das Relações Étnico-raciais, ministrada pelos professores Marcos Barros e Ivanildo Carvalho.

No Festival Feijão de Ogum, uma feijoada é partilhada gratuitamente com as pessoas após a buscada do feijão. Em seguida, há um cortejo do Afoxé Omô Nilê Ogunjá pelas ruas do bairro do Ibura e apresentações de grupos de samba. 

É na sede do afoxé que também ocorrem algumas aulas da disciplina ministrada pelos professores Marcos Barros e Ivanildo Carvalho, ambos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Educação, Ciências e Matemática (PPGECM), do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da UFPE. Os estudantes fazem uma imersão no local, com a proposta de debater fundamentos teóricos e metodológicos do ensino criativo, afetivo, imersivo e inovador, com base na pedagogia decolonial. Durante os três dias, sabedorias, movimentos e outros contornos para uma educação das relações étnico-raciais também serão abordados, com vistas à implantação da Lei 10.639/2003, que, em 2023, completa 20 anos.

O Afoxé e a Universidade são parceiros na realização do Programa de Imersão Cultural e Educacional Agogô, iniciativa que conta com atividades como vivências formativas em canto, dança e percussão; aulas para estudantes da pós-graduação e atividades culturais e educativas na comunidade e nas escolas públicas do Ibura.

“A parceria da Universidade com o Afoxé, através do Ilê Axé Ojuomi, busca permitir que a Universidade aprenda com os terreiros. E o primeiro grande objetivo é que a gente, que está na academia, que faz uma ciência mais eurocêntrica, possa aprender novos saberes, que fazem parte das civilizações. Outra coisa é permitir que esses espaços se sintam confortáveis em dialogar com a academia. Quando a gente rompe com a lógica intelectual, a gente faz o movimento de aprender juntos, de criar uma estrutura de aula e de aprendizagem, abrindo novas perspectivas de construção de conhecimento, também por meio do sentir”, explica o professor Marcos Barros.

Segundo o presidente do Omô Nilê, Dario Júnior, a parceria visa a criar paradigmas educacionais, por meio das tecnologias já desenvolvidas pelo Afoxé. “Para nós, do Omô Nilê Ogunjá, o Feijão de Ogum tem sido também o momento de disseminar o que estamos construindo no nosso Programa de Imersão, uma iniciativa que junta os saberes acadêmicos com os que vêm da cultura, da religiosidade popular e da trajetória histórica do povo negro e de terreiro. Isso em torno do propósito de chegar a uma outra forma de educar”, complementa Dario.

Mais informações
Professor Ivanildo Carvalho

ivanildo.carvalho@ufpe.br
Professor Marcos Barros
marcos.ambarros@ufpe.br

Data da última modificação: 14/04/2023, 14:15