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Finep aprova financiamento para implantação de laboratório de prototipagem na UFPE

O Open Labs, que será coordenado pelo professor Walter Franklin, do Departamento de Design, será instalado no Edifício Celso Furtado (antiga Sudene)

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), aprovou o financiamento da implantação do Laboratório Aberto de Prototipagem do Polo Tecnológico e Criativo da UFPE, o Open Labs, que será coordenado pelo professor Walter Franklin, do Departamento de Design, e será instalado no Edifício Celso Furtado (antiga Sudene). O valor aprovado foi de R$ 1.989.955,03. No entanto, os recursos ainda estão sem previsão de liberação devido ao contingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) pela Medida Provisória (MP) nº 1.136.

A proposta foi construída envolvendo sete pesquisadores das áreas de Administração, Design, Expressão Gráfica, Ciências da Computação e Engenharias, e também é ligada ao Polo Tecnológico e Criativo da UFPE (Polo Tec). O Polo Tec é o ambiente industrial, tecnológico e criativo da Universidade, caracterizado pela presença dominante de startups de base tecnológica que possuam vínculos operacionais com as pesquisas na UFPE, com recursos humanos, laboratórios e equipamentos organizados e com predisposição ao intercâmbio entre o ecossistema de inovação universitário para consolidação, marketing e comercialização de novas tecnologias, em consonância com a Lei de Inovação Tecnológica (Lei nº 10.973/04).

Além do professor Walter Franklin, do Departamento de Design, os pesquisadores envolvidos na realização do Open Labs são José Gilson de Almeida Filho, do Departamento de Ciências Administrativas; Daniel de Filgueiras Gomes e Joaquim Ferreira Martins Filho, do Departamento de Eletrônica e Sistemas; Sadi Seabra Filho e Letícia Teixeira Mendes, do Departamento de Expressão Gráfica; e Edna Natividade da Silva Barros, do Centro de Informática.

O Open Labs será um conjunto de três laboratórios: o LabPCB, o LabMag e o LabProto. No LabPCB, haverá toda infraestrutura para o desenvolvimento de placas de circuito impresso em pequenas séries. O laboratório contará com uma impressora de comando numérico computadorizado (CNC) de placas de circuito, para realizar a impressão dos circuitos eletrônicos em printed circuit board (PCB), um sistema de pick-and-place para montagem automatizada de placas de circuito eletrônicos surface mounted device (SMD) e um forno de soldagem de componentes SMD. Todo o processo será alimentado por correias transportadoras, permitindo assim que o LabPCB tenha uma capacidade semi-industrial de produção. A principal finalidade deste laboratório é dar vazão às ideias e projetos desenvolvidos por empresas locais, startups, alunos e professores da UFPE.

O laboratório de medidas eletromagnéticas e caracterizações (LabMag) fornecerá suporte aos desenvolvedores locais que necessitam trabalhar com circuitos de radiofrequência (RF), Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), sensores e radiocomunicação. De um modo geral, os circuitos que trabalham com frequências elevadas apresentam grande sensibilidade ao layout das placas de circuito e aos próprios materiais utilizados na fabricação. Assim, para dar suporte ao desenvolvimento destes sistemas, se faz necessário um laboratório especializado em caracterização de circuitos de RF, rádio e sensores. Este laboratório forneceria serviços de caracterização e compatibilidade eletromagnética para as empresas locais, startups, alunos e professores. Os valores dos serviços seriam diferenciados de acordo com o tipo de medida ou caracterização e sua finalidade.

Já o LabProto será um grande laboratório de uso geral e coletivo para o desenvolvimento de ideias, produtos e sistemas eletrônicos inovadores com a possibilidade de impressão 3D com protótipos, modelos etc., que podem gerar inclusive matrizes para moldes e testes mais fidedignos como o que se observa em outros laboratórios fora do país com tais características, reduzindo o tempo que um produto chega ao mercado. Neste laboratório, professores, alunos e empresas poderão interagir e cooperar para resolver problemas e desenvolver soluções e novos produtos. O LabProto também poderá ser utilizado/alugado para treinamentos, cursos e qualificações de empresas, startups e estudantes.

Segundo o professor Walter Franklin, qualquer pessoa ou empresa vai poder utilizar o Open Labs, não precisa ser estudante da UFPE, nem ter convênio com a Universidade. “A maior importância do Open Labs é que foi uma grande parceria entre vários departamentos, que vai servir tanto para o aluno da nossa universidade, quanto para pessoas da comunidade externa – daí vem a ideia de ser um laboratório aberto”, explica o coordenador.

Ainda de acordo com Franklin, a proposta é que o laboratório seja autossustentável e funcione de acordo com um modelo de governança que a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesqi) vem desenvolvendo, ou seja, “funcionaria como se fosse um laboratório multiusuário, onde o Open Labs forneceria a estrutura e serviços aos parceiros, e estes dariam os insumos necessários para o seu funcionamento em contrapartida, quase como são os Laboratórios Multiusuários de Pesquisa (LaMPs) da UFPE”, complementa ele.

Mais informações
Professor Walter Franklin

walter.franklin@ufpe.br

Data da última modificação: 14/10/2022, 15:36