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Especialista do HC destaca a importância da vacinação

Na segunda-feira (17), é celebrado o Dia Nacional da Vacinação

O Dia Nacional da Vacinação é comemorado em 17 de outubro, data em que ações de promoção e conscientização são realizadas em todo o país, com foco na necessidade de manter o calendário vacinal atualizado. O chefe da Área Assistencial de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da UFPE, médico infectologista Paulo Sérgio Ramos, ressalta a importância dos imunizantes no combate a doenças infecciosas. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as vacinas são responsáveis por salvar a vida de mais de 3 milhões de pessoas por ano ao redor do mundo. “Segundo a OMS, a disponibilidade de água potável e o emprego sistemático de vacinas são responsáveis pela redução de até 80% dos casos de doenças que ocasionam mortes em todo o mundo e têm contribuído desde o século passado com a melhoria da expectativa de vida das populações”, disse Ramos, que é professor do Centro de Ciências Médicas da UFPE.

O especialista ainda alerta sobre uma menor adesão à vacinação no Brasil. “É relevante por trazer à tona a importância social do Programa Nacional de Imunização (PNI), que há mais de três décadas vem contribuindo com a promoção da saúde e melhorando os indicadores de morbimortalidade de diversos agravos infecciosos imunopreveníveis, mas que, infelizmente, vem perdendo força nos últimos anos devido a baixas taxas de cobertura vacinal e derivando na reemergência de doenças infectocontagiosas já anteriormente controladas”, destaca o médico.

Recentemente, a cobertura vacinal do imunizante que combate a poliomielite, enfermidade que causa paralisia, foi abaixo do esperado, alcançando apenas 3,7 milhões de crianças, cerca de 32,5% do público-alvo. Acredita-se que a não adesão da vacina é devido ao crescimento dos movimentos antivacina no país, o que vem preocupando especialistas. Por isso, o Programa Nacional de Imunização (PNI) segue alertando e incentivando a população a manter o esquema vacinal atualizado, informando, principalmente, sobre as sérias consequências da não vacinação.

“A comunidade científica internacional, a sociedade civil e os meios de comunicação precisam caminhar juntos, com o propósito de fomentar a discussão sobre os efeitos devastadores que vem ganhando força dos grupos antivacinas. Estes grupos disseminam fake news e gera na população desinformação, medo e até pânico, colocando em risco, sobretudo, as crianças de se tornarem susceptíveis a doenças infecciosas com elevado potencial de ocasionar sequelas irreversíveis ou até a morte, como ocorre como agravos como a paralisia infantil, meningite, sarampo e tétano”, ressalta Paulo Ramos.

O médico infectologista do HC também destaca o processo rigoroso para a produção da vacina, que garante a eficácia e segurança do imunizante para a população. “As vacinas são seguras. Qualquer imunizante antes de ser autorizado pelas agências regulatórias como o FDA, nos EUA, e Anvisa, no Brasil, passa por várias etapas e testes, incluindo a testagem em milhares de indivíduos e que aprovam sua eficácia e segurança. Ademais, a maior parte dos imunizantes empregados na atualidade são compostos por proteínas altamente purificadas o que faz do biológico apresentar elevado poder reatogênico (aumentar seu poder de desencadear reação de anticorpos neutralizantes) e baixíssimo risco de eventos adversos graves”, destaca ele.

Data da última modificação: 14/10/2022, 15:22