O orçamento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para o ano de 2022 foi uma das pautas da reunião do Conselho Universitário (Consuni) realizada no dia 31 de março, à tarde, no Auditório Ricardo de Carvalho Ferreira, no Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN). A pró-reitora de Planejamento Orçamentário e Finanças (Proplan), Helen Frade, fez uma apresentação sobre a situação orçamentária para o exercício financeiro do ano corrente, mostrando o contexto atual e as perspectivas.

O orçamento total para o ano é de R$ 150.783.246, no que se refere ao discricionário da fonte do Tesouro Nacional. Desse total, o valor alocado à ação específica de funcionamento da instituição é de R$ 91 milhões. Esse valor se destina a despesas com contratos terceirizados, bolsas, contas de água e de energia elétrica, manutenção, insumos para pesquisa, entre outros. A pró-reitora destacou que, em 2021, 99,99% do orçamento disponível foi empenhado, evitando que houvesse perda de recursos e devolução à fonte.

O valor do orçamento discricionário destinado à ação de funcionamento da Universidade vem sofrendo defasagem nos últimos anos: para se ter uma ideia, em 2018, foi de R$ 125 milhões. Helen Frade afirmou que o orçamento atual é insuficiente para cobrir a previsão das demandas básicas da Universidade. O reitor Alfredo Gomes também explicou que esse orçamento não será suficiente para as despesas da UFPE até o final do ano. “Os contratos passaram por um processo inflacionário de cerca de 10%”, lembrou o reitor.

No entanto, Alfredo Gomes ressaltou que não haverá corte de bolsas, com recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), que apoia a permanência de estudantes de baixa renda matriculados em cursos de graduação presencial das instituições federais de Ensino Superior. “As bolsas são intocáveis”, frisou o vice-reitor Moacyr Araújo, destacando que será necessário modificar contratos se não houver reversão do quadro atual. “Estamos arrumando a nossa casa para um novo momento”, disse.